O ano de 2018 foi marcado por tragédias urbanas que viraram notícias nacional como a queda do viaduto do Eixão, até hoje no chão, e os buracos que engolem carros na devastada cidade de Vicente Pires. No entanto, desde o final da semana passada, a manutenção, com pequenas alterações, na equipe da Novacap, passou ser o principal assunto dentro do governo de transição
Por Toni Duarte//RADAR-DF
Se o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) conseguisse se reeleger, o atual presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Júlio Menegotto (PSB), se transformaria no homem mais poderoso do governo, mesmo não tendo o êxito de reconstruir até hoje o viaduto do eixão sul que desabou por falta de manutenção a dez meses passados.
Atualmente Menegotto manda no Departamento de Estradas e Rodagem e tem tentáculos na subsecretaria de Infraestrutura em Saúde, responsável exatamente pelas obras e reformas nos hospitais.
A Novacap, o principal motor de votos que serviriam para reeleger o governador, funcionou na marcha lenta e provocou a maior tragédia urbana com obras de drenagens malfeitas e eleitoreiras capazes de inundar a cidade de Vicente Pires e abrir crateras no meio das ruas.
Nos últimos dois anos, a Novacap deu mais importância a poda de árvores e roçagem de gramas do que a manutenção de boca de lobos e de pontes em ruínas.
Basta lembrar o famoso contrato milionário de vans de luxo, com combustíveis pagos pelo governo, de uma empresa paraense para transportar mato na capital do país.
Na época, o então presidente dos caminhoneiros do DF e hoje deputado distrital eleito Valdelino Barcelos, chiou contra o governo mas logo ficou quieto e pacificado após ganhar um contrato de roçagem de gramas nas cidades do DF.
Desde o início da semana passada que o governo de transição vem discutindo a nova composição da Novacap.
O Radar apurou que o futuro governo Ibaneis Rocha, deve ficar com a mesma equipe do Governo Rollemberg, mas com alterações em sua composição.
O atual diretor de Urbanização Daclimar Castro seria o presidente da companhia enquanto o atual presidente Júlio Menegotto ocuparia a Diretoria de Urbanização. O restante faria apenas a troca de cadeiras. Seria trocar seis por meia dúzia.
Há quem diga que o futuro governo Ibaneis será um quadro de retalhos com muitas caras. Terá um pouco das pernas de Roriz/Arruda/Agnelo; dos braços de Michel Temer e de olhos de Rollemberg, o pior governador da história de Brasília. Como se vê, o GDF tem donos e o povo paga.