Durante a inauguração do Aterro Sanitário de Brasília, na manhã desta terça-feira (17), cinco entidades assinaram um documento que estabelece o compromisso delas em monitorar ações do governo local em relação à gestão de resíduos
s instituições vão acompanhar, até 2026, com informes periódicos de avaliação, a operação do aterro; o encerramento das atividades do Lixão da Estrutural e a recuperação daquela área; e a inserção de organizações de catadores em atividades de coleta seletiva e manejo dos materiais.
O termo assinado destaca desafios do governo e da sociedade civil, como garantir que, ao longo dos 13 anos de vida útil do aterro sanitário, sejam asseguradas condições para o funcionamento adequado, de maneira a evitar que o espaço se transforme em um lixão. O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, assinou como testemunha.
Entre os que firmaram o compromisso está Antonis Mavropoulos, que preside a Associação Internacional de Resíduos Sólidos. Ele destacou que a entidade iniciou uma campanha, há alguns meses, pelo fechamento dos 50 maiores lixões a céu aberto do mundo — entre eles, o da Estrutural. “Resíduo é um fenômeno social, que decorre de toda a nossa atividade no dia a dia em tudo aquilo que fazemos, e a forma como geramos e gerenciamos os nossos resíduos acarreta alguns impactos ambientais e sociais”, ressaltou.
No processo de desativação do lixão da Estrutural, o governo desenvolve melhorias para o local, como a manutenção de uma cerca e de apenas duas entradas para veículos e uma para pedestres. Foram instalados tubos de concreto para drenar, por meio de queima, os gases emitidos. Outra mudança foi à colocação de balanças eletrônicas que permitem medir com precisão a carga dos caminhões. Além disso, são desenvolvidas atividades de cunho social, como a seleção de catadores para atuar como agentes de cidadania ambiental e a inserção de filhos desses trabalhadores no programa Brasília + Jovem Candango.
ATERRO SANITÁRIO DE BRASÍLIA COMEÇA A FUNCIONAR
Apenas rejeitos serão depositados no Aterro Sanitário de Brasília. O espaço se diferencia de outros no País, ao receber apenas material com baixo potencial de reciclagem, atendendo ao previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010). “O foco do SLU é criar políticas para a população e tecnologias para aproveitar o máximo possível material reciclável, material que pode ir para compostagem, e não os enterrar aqui”, detalhou o diretor-técnico do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Paulo Celso dos Reis.
Postado por Radar/ Agência Brasília
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