Um confronto entre facções criminosas dentro do Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará, nesta segunda-feira (29) deixou 57 detentos mortos. Este é um dos maiores massacres em presídios desde o ocorrido no Carandiru, em 1992. Na época, 111 detentos foram mortos na Casa de Detenção, na Zona Norte de São Paulo.
Em Altamira, nesta segunda-feira (29), líderes do Comando Classe A (CCA) incendiaram cela onde estavam internos do Comando Vermelho (CV). De acordo com a Susipe, 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados.
O Gabinete de Gestão da Segurança Pública determinou a transferência imediata de 46 presos envolvidos no confronto. Entre os presos para transferência estão 16 detentos que foram identificados como líderes das facções criminosas.
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Dez deles irão para o regime federal. Os demais presos serão redistribuídos pelos presídios no Pará. Presídio onde 57 morreram no Pará está superlotado e em condições ‘péssimas’, aponta CNJ.
Massacre em Manaus
Em maio de 2019, 55 presos foram mortos em dois dias dentro de quatro unidades penitenciárias em Manaus, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). O
s primeiros assassinatos ocorreram no Compaj – o mesmo local do massacre de 2017 – durante a visitação a presos. Familiares presenciaram algumas das mortes, mas, segundo a Seap, não foram feitos reféns.
Em 2017, 56 presos foram assassinados em uma rebelião que durou 17 horas. Os mortos eram integrantes de uma facção criminosa que cumpriam pena por estupro.
Com informações do G1