Além de resguardar as áreas de preservação ambiental e também as públicas, a fiscalização de caçambas também é uma forma de evitar a proliferação do Aedes aegypti. O mosquito é o transmissor da dengue, zika e chikungunya.
A ação é realizada pelo DF Legal, com rondas diárias pelas cidades e em parceria com a população, que pode fazer denúncias desses depósitos que estiverem abandonados há mais de 30 dias ou de transportadores irregulares pelo 162, de forma gratuita.
O subsecretário de Fiscalização de Resíduos do DF Legal, Rildo Wagner, explica que, durante as operações de caça-caçamba havia acúmulo de água e vestígios de larvas de mosquitos, que podem ser do Aedes aegypti.
“Por isso, é muito importante que a população tenha a consciência de contratar uma empresa que seja cadastrada. O índice de depósitos recolhidos, que são de empresas clandestinas, é grande”, orienta.
Atualmente, cerca de 16 mil caçambas estão cadastradas e quatro mil são alocadas por dia em todo o Distrito Federal.
Para saber quais transportadores estão cadastradas, basta entrar no site do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), ou exigir uma cópia do Controle de Transporte de Resíduos (CTR), que permite o descarte correto de entulhos na Unidade de Recebimento de Entulho (URE), antigo lixão da Estrutural. Com o documento, é possível acompanhar pelo site desde o dia que a caçamba é recolhida até quando o lixo é jogado.
Em caso de descarte irregular desses resíduos, tanto a transportadora quanto o usuário que contratou o serviço podem pagar uma multa de até R$ 21 mil.
Nas áreas de Preservação Permanente, a quantia chega a R$ 217 mil. Nas situações de abandono do depósito, o custo é de R$ 4 a R$ 7 mil, mais o valor da operação de retirada da caçamba.