Por denunciar um escandaloso esquema de corrupção que corrói por ano quase 1 bilhão de reais dentro do sistema do transporte público do DF, a deputada Celina Leão, desde o seu primeiro mandato, já colecionou muitas ameaças de mortes e perseguições políticas como a que aconteceu no final do ano passado que lhe tirou a presidência da Câmara Legislativa. Foi assim durante o governo de Agnelo Queiroz (PT), e tem sido assim no governo de Rodrigo Rollemberg (PSB)
o receber o Radar nesta segunda-feira (16), em seu gabinete, no terceiro andar da Câmara Legislativa, a deputada Celina Leão (PPS), ainda comemorava o calor da grande vitória da população usuária dos transportes públicos, proporcionada pela decisão de 18 deputados distritais que se fizeram presentes na primeira sessão extraordinária do ano da Casa que derrubou o reajuste dos preços das passagens de ônibus e metro decretado pelo governo.
“Digo que essa vitória é da população porque foi contra ela que o governador Rodrigo Rollemberg tentou empurrar uma conta absurda, ilegal e imoral que servia tão-somente para alimentar um esquema de corrupção que o governo se recusa anular”, disse ela.
Na caminhada política de 2014, a deputada Celina Leão resolveu se juntar dentro do projeto político de Rodrigo Rollemberg por acreditar, segundo ela, que seria sério, honesto e que ajudaria a desmascarar um nebuloso esquema de corrupção no setor dos transportes urbanos, cuja bandeira de luta empunha desde 2011.
“Como presidente da CLDF, assinei junto com o deputado Raimundo Ribeiro o requerimento de criação da CPI do Transporte que no ano passado indiciou 17 pessoas e recomendou ao governo que anulasse a licitação fraudada e corrupta feita, em 2011, pelo governo Agnelo Queiroz. Mas Rollemberg preferiu ficar do lado dos barões do transporte e passou a nos perseguir implacavelmente”, disse.
Na visão de Celina Leão, o sistema de transportes público do DF é a onde se concentra o maior escândalo de corrupção do governo por acomodar uma licitação feita em 2011, com validade de 20 anos podendo ser renovada por mais 20 anos.
Para a deputada, se a licitação não for anulada, a população do DF estará contribuindo, mesmo contra vontade, com um esquema de corrupção que pode durar até o ano de 2051. O contrato, segundo Celina, consta que todo desequilíbrio econômico e financeiro que tiver no transporte público, durante esse período, quem paga é o Estado. O risco é zero para os empresários.
“A ação popular movida por mim e acatada pela justiça mandava anular o certamente e realizar outros. Era um instrumento que Rollemberg poderia usar, se quisesse anular a licitação, mas preferiu recorrer da decisão judicial para proteger um escândalo de corrupção que beneficia alguns donos de ônibus. Nessa história, em dado momento, Rollemberg foi omisso. Hoje ele é partícipe. Ele sabe que existe corrupção, que está errado, mas quer continuar passando a conta para a população. Isso não é correto”.
VEJA TRECHO DA REPORTAGEM DE CELINA NA TV RADAR
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