|Da Redação||RADAR-DF
Após 13 dias em greve, policiais militares do Ceará aceitaram na noite deste domingo, uma proposta para encerrar a paralisação e retornar ao trabalho a partir de hoje, segunda-feira (02/03). A negociação foi feita por meio de uma comissão especial formada por membros dos três poderes do Ceará, assim como representantes dos policiais.
O acordo fechado não prevê anistia aos policiais que participaram do motim. No entanto, ficou acordado que os PMs terão acompanhamento de instituições como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Defensoria Pública e o Exército durante os procedimentos legais.
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Também ficou assegurado que o governo do Ceará não vai realizar transferências de policiais para trabalhar no interior do estado, pelos próximos 60 dias, como represália ou retaliação ao movimento.
Antes, os militares haviam recusado o reajuste salarial progressivo, passando dos R$ 3,2 mil atuais para R$ 4,5 mil até 2022. Eles exigiam um reajuste que considerasse as projeções da inflação para 2021 e 2022.
O ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, parabenizou os envolvidos nas negociações que deram fim à paralisação e lembrou que o Governo Federal esteve presente, desde o início, e fez tudo o que era possível dentro dos limites legais e do respeito à autonomia do Estado.
“Prevaleceu o bom senso, sem radicalismos. Parabéns a todos”, escreveu Moro em uma rede social na noite de ontem.
O senador Cid Gomes (PDT), que já foi governador do Ceará, que chamou os policiais de “bandido” e tentou passar com uma retroescavadeira no último dia 19, por cima dos amotinados em um batalhão militar de Sobral, se deu mal: levou um tiro
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