De acordo com o Tesouro Nacional, as vendas de títulos somaram R$ 8,763 bilhões em janeiro deste ano. O relatório mostra o maior valor da série histórica do programa. As emissões líquidas atingiram R$ 1,583 bilhão no mês passado.
Os resgates totalizaram R$ 7,181 bilhões, sendo R$ 3,113 bilhões relativos às recompras e R$ 4,067 bilhões aos vencimentos, quando o prazo do título acaba, e o governo precisa reembolsar o investidor com juros.
Os títulos mais procurados pelos investidores foram os vinculados à Taxa Selic, que corresponderam a 44,1%. Corrigidos pela inflação, os títulos também têm atraído os investidores em razão da expectativa de alta do IPCA nos próximos meses.
O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 159,9 bilhões no fim de janeiro, com aumento de 1,9%, na comparação com o mês anterior (R$ 156,9 bilhões), e de 22,9% em relação a janeiro do ano passado (R$ 130,1 bilhões).
Quanto ao número de investidores, 449.329 novos participantes cadastraram-se no programa no mês passado. O total chegou a 3.010.879, aumento de 19,2% em 12 meses. No mês, houve redução de 3.042 investidores ativos.
A procura do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5 mil, que corresponderam a 78,1% do total de 989.581 operações ocorridas em janeiro. Só as aplicações de até R$ 1 mil representaram 56%. O valor médio por operação foi de R$ 8.855,67.
Os investidores têm preferido papéis de curto prazo. As vendas de títulos com prazo de até cinco anos representaram 73,3%. Já aquelas com prazo de cinco a dez anos são 4,8% do total. Os papéis de mais de dez anos de prazo chegaram a 21,8% das vendas.
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas adquirissem títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros.