Uma pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência mostra que o salário médio de contratação no país em empregos com carteira assinada reduziu de forma significativa.
Em julho, a média era de R$ 1.926,54, 2,82% abaixo dos R$ 1.982,55 pagos no mesmo mês do ano passado. No mês seis, o salário médio de contratação ficou em R$ 1.911,23.
Janeiro de 2022 teve o maior valor registrado (R$ 1.994,11). A queda foi de 3,4%, desde julho do ano passado.
O mês sete foi o segundo a aumentar realmente o salário médio de contratação. Em maio, a queda chegou a 5,6%. O valor médio de R$ 1.898 registrado foi o mais baixo desde dezembro passado.
Os menores salários em julho foram em vagas em alojamento e alimentação, agricultura, pecuária e pesca e também comércio. As maiores remunerações foram pagas em ocupações financeiras e atividades internacionais.
Para quem tinha carteira assinada, o país voltou a registrar recorde nos pedidos de demissão. Foram 6,467 milhões de desligamentos nos últimos 12 meses até julho.
Esse equivalente se refere a 32,4% do total de desligamentos de trabalhadores no período (19,984 milhões). Ou seja, 1 de cada 3 pediram para sair.
Os valores dos salários e os fatores da pandemia são os principais motivos que levam os empregados a deixarem seus empregos formais.
O economista Bruno Imaizumi explica que “muitas pessoas permaneceram em trabalhos que não eram condizentes com suas qualificações devido à necessidade de alguma recomposição de renda durante a pandemia”.
Os dados do Caged dizem que o setor de serviços é o que mais emprega. É o responsável por 56% do saldo de empregos criados nos 7 primeiros meses do ano (1.560.896).