Se tornar microempreendedor individual (MEI) foi uma questão de necessidade para mais da metade das pessoas que tinham empregos formais e viraram MEI em 2022, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o relatório, ao analisar especificamente os trabalhadores que foram desligados por vontade do empregador ou justa causa, o IBGE chegou ao quantitativo de 1 milhão de pessoas no último ano. Esse contingente representa 60,7% do total de desligados que viraram MEI.
O balanço traz que que menos de 1% (0,9%) dos MEIs empregam outra pessoa. O IBGE constatou ainda que 38% dos MEIs funcionam no mesmo endereço de residência do trabalhador.
“A gente identifica que a maioria dos MEIs representariam a espécie de empreendedor por necessidade, uma vez que a causa do desligamento [do emprego anterior] não partiu dele, foi involuntário”, explica o analista da pesquisa Thiego Gonçalves
Ele aponta que o microempreendedorismo individual muitas vezes é uma questão de necessidade. Além disso, o empreendedorismo por oportunidade ocorre quando a pessoa planeja bem a decisão antes de montar o próprio negócio.
Do total de MEIs em 2022, 28,4% deles (4,1 milhões) eram inscritos no Cadastro Único (CadÚnico, listagem do governo que identifica famílias de baixa renda). Desses no CadÚnico, metade (49,8%) era beneficiária do Auxílio Brasil (em 2023, o programa assistencial do governo federal voltou a se chamar Bolsa Família).