O auxílio emergencial de R$ 600 pago pelo governo federal para enfrentar os efeitos econômicos da pandemia de covid-19 tem sido a única renda de 4,4 milhões de brasileiros desempregados.
Entre os domicílios mais pobres, os rendimentos atingiram 124% do que seriam com as rendas habituais, aponta estudo publicado nesta quinta-feira (27) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
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A ajuda financeira também foi suficiente para superar em 16% a perda da massa salarial entre as pessoas que permaneceram ocupadas, segundo a análise que usa como base os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Pela primeira vez, desde o início da pandemia, o auxílio emergencial compensa em média mais que a diferença entre a renda efetiva e a habitual. Ou seja, entre os que permaneceram empregados, a renda média com o auxílio já é maior do que seria habitualmente”, disse, em nota, o economista Sandro Sacchet, autor da pesquisa intitulada “Os efeitos da pandemia sobre os rendimentos do trabalho e o impacto do auxílio emergencial: os resultados dos microdados da PNAD Covid-19 de julho.”
Segundo o estudo, em geral, os trabalhadores receberam em julho 87% dos rendimentos habituais (4 pontos percentuais acima do mês anterior) – R$ 2.070 em média, contra uma renda habitual de R$ 2.377. A recuperação foi maior entre os trabalhadores por conta própria que receberam em julho 72% do que normalmente recebiam, contra 63% em junho, alcançando rendimentos efetivos médios de R$ 1.376.
O auxílio emergencial de R$ 600 foi para socorrer os trabalhadores e empresas, bem como ajudar estados e municípios no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
No início de agosto apos 4 messes de auxílio emergencial, o presidente Jair Bolsonaro alcançou o maior índice de aprovação deste o início do seu mandato.
Segundo a última pesquisa Datafolha, 37% dos brasileiros consideram seu governo ótimo ou bom, ante 32% que o achavam na pesquisa anterior, feita em 23 e 24 de junho.
Maior do que a aprovação foi a queda da rejeição, 10 pontos percentuais. Para 34% dos entrevistados, o governo é considerado ruim ou péssimo, em junho era 44%. Já os que consideram o governo regular subiram de 23% para 27%.
O Datafolha ouviu 2.065 pessoas nos dias 11 e 12 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. A pesquisa foi realizada por telefone.