De acordo com um estudo da Serasa Experian, de janeiro a maio deste ano, pouco mais de 1,1 milhão de residentes da capital do país estão inadimplentes.
Segundo a pesquisa, que é feita desde 2019, o valor médio da dívida de cada brasiliense está em R$ 6.047,37. O grupo representa quase metade da população economicamente ativa atual do DF.
Para o coordenador de graduação em economia, gestão pública e financeira do Centro Universitário Iesb, Riezo Silva, o aumento dos preços dos alimentos, combustíveis e da taxa de juro, pode justificar o cenário atual.
“Soma-se a isso, o desemprego e o aumento da inflação, ambos agravados pela pandemia da covid-19. Essa alta dos preços, sem o aumento da renda, gera um maior endividamento das famílias”, esclarece.
O especialista ainda ressalta que as principais dívidas são com cartão de crédito e bancos, além de contas básicas de luz e água, que tiveram um grande aumento nos últimos meses.
Sobre os dados divulgados pelo Serasa, Riezo ressalta que a redução da quantidade de inadimplentes e do valor da dívida, de 2020 (1,08 milhão e R$ 5,89 mil) para 2021 (1,03 milhão e R$ 5,81 mil), se dá pelo fato de muitos produtos e serviços não estarem sendo ofertados em sua plenitude, por causa da pandemia.
“É o caso de itens ligados a automóveis. Além disso, os preços educacionais baixaram, por causa do ensino a distância. Essa dinâmica retraiu um pouco os gastos da população do DF”, conclui o coordenador.