|Por Toni Duarte||RADAR-DF
No monitoramento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em parceria com Índice FipeZap Comercial em cidades brasileiras, Brasília registrou no mês de agosto, elevação no preço médio na venda de imóveis comerciais e residenciais: (+0,13%). O motivo do aquecimento do setor, que até os primeiros 6 meses desse ano seguia com retração, está ligado as facilidades oferecidas pelo recém-criado programa de crédito mobiliário do Banco de Brasília (BRB).
Nos últimos dois meses, o mercado imobiliário de Brasília nunca esteve tão frenético em relação ao longo período de retração em que o setor se diluiu por causa da crise financeira ocorrida no país.
Apesar de tudo, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), revelam que a grande parte dos moradores de Brasília possuem situação privilegiada em relação ao restante do País. A renda domiciliar per capita mensal no Distrito Federal, foi de R$ 2.460 em 2018, bem acima dos R$ 1.373 da média brasileira.
Além disso, Brasília é uma ilha de bons pagadores por ser a maior cidade de servidores públicos com estabilidade. Mesmo em momentos de crise, a capital mantém empregos e salários.
Foi focado nesse nicho, que o Banco de Brasília (BRB) resolveu criar um programa de crédito imobiliário que está ajudando a aquecer a economia do setor e ao mesmo tempo facilitando sem burocracia a compra e venda de imóveis no DF.
“Qualquer servidor que chegar a uma agência do Banco de Brasília para contratar uma operação de crédito imobiliário de alguma construtora que possui convênio com o banco, não precisa mais fornecer nenhum documento. O cidadão pode chegar apenas com a proposta de compra e venda e o negócio será fechado”, explicou o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, durante uma entrevista coletiva concedida a blogueiros de Brasília, ocorrida nesta sexta-feira (04/09).
O executivo explicou, que as principais vantagens que os servidores do DF têm ao fazer o crédito imobiliário no BRB, são a taxa de juros diferenciada, a rapidez do processo e a simplicidade da documentação solicitada, principalmente quando a construção do imóvel tiver sido financiada pelo BRB ou a construtora tenha convênio com o banco.
Para quem já é cliente do banco, segundo Costa, a aprovação é online e nenhum contrato habitacional fechado no BRB, levará mais que cinco dias úteis.
“ A nossa estratégia, é obter um maior relacionamento e engajamento com os nossos clientes oferecendo a todos uma infinidade de bons serviços por meio de um banco digital completo e com dois grandes diferenciais: temos um portfólio de serviços completos que podem ser contratados on line e um conjunto de serviços do governo que os outros bancos digitais não oferecem”.
Paulo Henrique afirmou, que o BRB se prepara em breve para criar uma linha pró-cotista que pode ser financiada com o dinheiro das pecúnias como parte do pagamento de um imóvel.
Outra vantagem oferecida pelo banco, segundo Paulo Henrique Costa, estará sobre a taxa de juros cobrada para os seus potenciais clientes.
“O programa visa um maior protagonismo do BRB nos financiamentos imobiliários, acirrando a concorrência com outros bancos, sejam eles privados ou estatais como Caixa Econômica e Banco do Brasil”, destacou.
O juro médio dos empréstimos via Caixa para a compra da casa própria, ficou em 7,73% ao ano em junho. A estratégia do BRB é colocar uma taxa de juros sempre abaixo do mercado.
Paulo Duarte, dono de empresa imobiliária há mais de dez anos em Brasília, disse que iniciativa como essa por parte de um banco público, cumpre um papel importante para o aquecimento da economia em um dos setores mais importante de Brasília.
Ele disse que o governo federal não tem nenhum pacote a curto prazo para aquecer o setor imobiliário e que a iniciativa do BRB é importante para a recuperação e para abrir o mercado que nos últimos anos, vem diluindo por falta de incentivos do governo que visem gerar emprego e renda.
“Podemos dizer que a construção, compra e venda de imóveis é uma das principais indústrias de Brasília. A iniciativa do BRB é louvável e extremamente importante para o setor”, afirmou Paulo Duarte.
Ele apontou ainda, que Brasília gira o mercado de imóveis usados no país por ter uma renda per capta boa, mas falta por parte do governo local, criar mecanismos que possam resolver de uma vez por todas a situação dos milhares de imóveis que tem as escrituras, mas não possuem habite-se ou vice e versa.
“Essa situação faz perder o mercado e o cidadão”, resumiu
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