Para os amantes da música e do Rock in Rio, ficou mais caro curtir o festival este ano, em comparação à edição de 2019. O principal vilão não é o preço do ingresso.
Hospedagem, passagem, alimentação e bebidas são os itens mais caros. O aumento foi de quase 10 pontos percentuais acima da inflação oficial do país.
O ingresso teve aumento de 19% – abaixo da inflação no período, de 22,6%, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os gastos gerais de quem vai à cidade do rock cresceram 32%.
O dados são da Rico Investimentos, que fez um levantamento com moradores de São Paulo e que se programaram para ir em apenas um dia de show. Foram considerados ônibus especial, almoço e jantar.
De acordo com a pesquisa, quem mora na capital paulista deve desembolsar, em média, R$ 2,3 mil com o festival. O gasto estimado para a edição anterior, segundo o levantamento, é de quase R$ 1,8 mil.
A expectativa para a próxima edição é de inflação mais baixa. Para 2024, a chefe de economia Rachel de Sá, prevê uma diminuição de até 8% dos mesmos ítens.
Os gastos devem passar de R$ 2,3 mil para R$ 2,5 mil, aproximadamente. A estimativa vale em um contexto sem surpresas negativas.
A pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia, por exemplo, potencializaram a disparada dos preços.
De acordo com a economista, o primeiro passo é entender quanto será preciso gastar – e em qual período. A situação é diferente para quem planeja comprar apenas um ingresso ou pacote para todos os dias.
Ela lembra que é imprescindível colocar no papel a previsão de gastos com alimentação e transporte, além dos custos com hospedagem e deslocamento para o local do show.
“Pode ser que você gaste tudo de uma só vez daqui a dois anos, ou compre o ingresso com meses de antecedência, de forma parcelada. O importante é ter um mapeamento completo do valor necessário para esse objetivo”, explica Rachel.
No caso do Tesouro, quem aplicar R$ 115,32 mensais a partir de setembro – e durante 19 meses – conseguirá cobrir os gastos estimados para o evento em 2024.
Já quem optar pela caderneta de poupança terá que desembolsar um pouco mais, considerando um rendimento menor (média de 6% ao ano).
O aporte mensal necessário é de R$ 119,92 ao longo de 19 meses. No caso de aplicação de uma só vez, seria necessário guardar R$ 2.244,54, hoje.