Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o Brasil deve encerrar 2022 com redução nos índices de extrema pobreza.
Em 2019, a taxa era de 5,1%. A projeção é de queda para 4,1% ainda este ano. No restante do mundo, o Banco Mundial indica que, até o final do ano, 115 milhões de pessoas a mais estarão vivendo com menos de US$ 1,90 ao dia, devido a pandemia.
O presidente do Ipea, Erik Figueiredo, diz que “a partir de 2019, com o choque da pandemia, essa pobreza extrema começou a crescer, então o mundo empobreceu devido à covid. No Brasil, nós caminhamos na contramão desse processo”.
Ele também destaca que o país tem uma recuperação muito rápida do mercado de trabalho. E do outro lado, um programa social sendo ampliado com mais gasto social.
Figueiredo também ressalta a importância da conexão entre a economia e a proteção social, com a coexistência entre o Auxílio Brasil e o crescimento do mercado de trabalho.
Segundo ele, “antes, você não podia acumular o Auxílio Brasil e um emprego formal. Então isso era uma barreira para as pessoas. As pessoas optavam, dependendo das condições de trabalho, por permanecer no programa social e obter algum tipo de renda informalmente”.
O presidente lembra que com essa porta de saída, os brasileiros agora pode acumular o programa social e a carteira de trabalho assinada, permanecendo até dois anos no programa.
Ele ainda complementa que “Isso facilitou que o mercado de trabalho, aquecido, possa demandar pessoas do mercado informal e do Auxílio Brasil. Então as pessoas estão ingressando no mercado de trabalho sem a preocupação de perder o benefício e sem a preocupação de, ao perder o emprego, ter que voltar para o final da fila”.