De janeiro a junho deste ano, o Hospital Veterinário (HVet) do Zoológico de Brasília acolheu e tratou 14 animais atropelados. No mesmo período, foram acolhidos mais 17 que estavam com outros traumas oriundos de acidentes.
O foco maior vai para animais típicos da fauna sul-americana. Os tamanduás-bandeira, considerados como ameaçados de extinção, estão entre os silvestres que mais morrem atropelados.
“A gente faz tratamento com remédio e com medicina integrativa, que são sessões de acupuntura, laserterapia, ozonioterapia e fisioterapia. A gente se dedica ao máximo para que eles se recuperem e possam retornar para a natureza”, defendeu a veterinária Ana Luísa Guedes.
Segundo o biólogo Gabriel Campanati, os atropelamentos envolvendo animais silvestres são comuns no DF.
“Muitos desses animais são territorialistas. Quando têm que sair das áreas de preservação, inevitavelmente têm que atravessar as vias, o que aumenta a probabilidade de um atropelamento”, explica o especialista.
Após reabilitados e em casos que a soltura no habitat natural é possível, a destinação desses animais fica a cargo dos órgãos de fiscalização ambiental, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).