O Governo do Distrito Federal (GDF) intensificou, nesta terça-feira (25), o atendimento à população de rua no Setor Comercial Sul (SCS). Uma ação organizada em parceria com 15 órgãos ofereceu serviços como exames de saúde, assistência social e emissão de documentos a cerca de 150 pessoas em situação de vulnerabilidade.
São diversas as ações oferecidas para essa população carente. Cadastro único para receber benefícios sociais do GDF (CadÚnico); abordagem social feita por equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes); atendimento psicossocial para mulheres com direitos violados, no “Ônibus da Mulher”; emissão gratuita de carteira identidade e CPF; e encaminhamento às vagas de emprego e emissão de carteiras de trabalho são alguns exemplos dos serviços prestados.
Forças somadas
A ação conta com as secretarias de Desenvolvimento Social, da Saúde, da Mulher, de Justiça e Cidadania (Sejus), de Segurança Pública (SSP) e de Trabalho, além da Codhab, da Companhia Energética de Brasília (CEB), da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), da Defensoria Pública, das polícias Militar e Civil, da Defesa Civil, do Departamento de Trânsito (Detran-DF) e do Corpo de Bombeiros (CBMDF).
Segundo a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, o esforço de todos os órgãos visa diminuir os riscos por que passam essas pessoas.
“Vamos fazer um trabalho para resgatar a autoestima deles e para que possam ter oportunidades de escolha, de saberem que têm, sim, direitos e que o Estado está ali para fazer com que ele supere essa situação de risco social”, destaca.
Coordenador do serviço de abordagem social da Sedes, André Santoro explica que a ação integrada permanecerá no SCS por duas semanas. Mas, o acompanhamento diário permanece nos próximos meses. Em dois dias, servidores da Sedes já inscreveram 25 pessoas no Cadastro Único do GDF.
A Sejus, por meio da Subsecretaria de Enfrentamento às Drogas, orienta os usuários de droga que desejam fazer tratamento. Atualmente, há 12 comunidades terapêuticas que acolhem aos que se submetem à intervenção voluntária.
A Secretaria de Saúde contribui com o atendimento diário dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), além de equipes do projeto Consultórios de Rua três vezes por semana.
“Estamos aqui para garantir dignidade e direitos humanos para essa população do Setor Comercial. Oferecer uma oportunidade nas comunidades terapêuticas para aqueles que precisam e querem se livrar do uso de drogas. Nos importamos com eles e oferecemos a oportunidade para mudarem de vida”, explica a chefe da Sejus, Marcela Passamani.
Para o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, a atuação integrada mostra que o governo está presente na revitalização de um espaço histórico da capital.
“Instalamos a Cidade da Segurança Pública, com uma série de serviços. Nosso objetivo é atuar preventivamente, mostrando para empresários e frequentadores que o SCS é um local seguro. Em 2020, por exemplo, não foi registrado homicídio no local”, enfatiza Torres.
Já a secretária da Mulher, Ericka Filipelli, destaca que a situação de rua deixa as mulheres mais vulneráveis e essa é a oportunidade de identificar as dificuldades enfrentadas por elas.
“Temos uma quantidade significativa de mulheres em situação de rua no Setor Comercial. Vamos acolhê-las e fazer o atendimento psicossocial. A ideia é fazer o encaminhamento ao Ceam [Centro Especializado de Atendimento à Mulher] da 102 Sul, onde elas podem receber apoio e conhecer melhor seus direitos”, destaca.
Atualmente, o DF tem cerca de 1,8 mil pessoas em situação de rua, 321 das quais na área central de Brasília: 267 homens, 44 mulheres e 10 idosos estão espalhados por 202 Sul e Norte, setores Comercial Sul (SCS) e de Diversões Sul (SDS), Rodoviária do Plano Piloto, Torre de TV, Esplanada dos Ministérios e arredores do Hospital Regional da Asa Norte (Hran).