Não é apenas a situação descontrolada que ainda se encontra os hospitais públicos do DF, após o fim da greve provocada pelos profissionais da saúde por 32 dias, que estaria incomodando o governador Rodrigo Rollemberg a ponto de desabafar com assessores mais próximos no domingo passado sobre a sua vontade de demitir o secretário de Saúde, Fábio Gondim. O PMDB nacional, que passou a controlar o Ministério da Saúde, quer ajudar o GDF, mas quer também indicar um nome novo para a Secretaria de Saúde. O governador estaria propenso a isso.
frente de uma das pastas mais cobiçadas dentro do Governo de Brasília, o secretário de Saúde, Fábio Gondim passou ser alvo daqueles que trabalham 24 horas para ocupar o cargo, em que se encontra a menos de quatro meses.
Nos bastidores da Câmara Legislativa, a boataria correu solta na tarde desta quarta-feira (18), dando conta de uma possível queda do secretário de Saúde escolhido por Rollemberg por ser um especialista em gestão pública, que iria melhorar os processos de compra da Secretaria e combater o corporativismo medico que tanto domina a pasta há anos.
Nestes poucos mais de 120 dias que Gondim se encontra à frente da pasta, a situação não melhorou, segundo a percepção do próprio governo que vem sofrendo profundo desgaste por causa disso. Continua ocorrendo à falta de estoque, de insumos, de medicamentos, falta de gestão de pessoas, escala de trabalho e distribuição de recursos humanos.
No “Outubro Rosa”, a maioria das unidades de saúde do DF, passou sem mamógrafo, equipamento que serve para detectar o câncer de mama em fase inicial nas mulheres. O mesmo acontece agora com a campanha “Novembro Azul” com a falta de reagentes para o exame imunohistoquímico que pode detectar um câncer da próstata em fase inicial.
Para completar, o secretário Fábio Gondim não soube lidar com médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares da saúde que cruzaram os braços por longos 32 dias tornando a saúde num caos.
Gondim chegou partir para a provocação quando rasgou cartazes da greve dos servidores pregados nos corredores Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), o que fez aumentar ainda mais a fúria corporativista dos profissionais da saúde. A greve terminou, mas o sistema continua sofrendo com o boicote silencioso, uma espécie de greve branca, que deixa a população sem o devido atendimento ou com atendimento precário nos hospitais da rede pública.
O desprestigio é sentido pelo próprio secretário que pouco tem sido chamado ao Buriti neste período pós-greve. Os médicos exigem a cabeça Gondim. A categoria sonha abocanhar novamente o comando da Secretaria de Saúde onde muitos enriqueceram com os contratos das “lavanderias” e confundido o publico com o privado. A Secretaria de Saúde não quis comentar o assunto.
Da Redação Radar