O governo do Distrito Federal espera pela decisão dos metroviários que estarão reunidos no próximo domingo (26), se mantém ou não o movimento grevista que já dura 25 dias. Se o movimento paredista continuar, segundo uma fonte do Buriti, o processo de privatização do metrô será deflagrado. Caso isso ocorra, pilotos do Metrô-DF serão remanejados para a empresa estatal Transportes Coletivos de Brasilia (TCB)
Por Toni Duarte//RADAR-DF
A greve do metrô, iniciada no dia 1 de maio pode ter um fim dramático para os metroviários. O governador Ibaneis Rocha não descarta a privatização da Companhia, assunto que ocupa o item número 1 da pauta das privatizações de órgãos públicos que inclui ainda a CEB, CAESB e BRB.
No próximo domingo (26) os metroviários, bastante divididos, decidirão pela continuidade ou não da greve na Praça do Relógio em Taguatinga.
O receio da grande maioria está conectado com as ameaças de privatização da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal.
Empresas privadas do setor metroviário brasileiro, como em São Paulo, por exemplo, pagam 60% abaixo do que ganha um piloto de trem do Metrô/DF, cujo contracheque varia entre R$ 5 mil a R$10 mil por mês no caso dos mais antigos, por um turno de seis horas trabalhadas.
O metrô tem 160 pilotos operacionais e ao todo cerca de 1.000 funcionários.
Além disso, caso a privatização ocorra a maioria dos pilotos, além de outros funcionários seriam remanejados pelo governo para a Transportes Coletivos de Brasília TCB, onde o salário médio de motorista é de menos de R$3 mil.
A TCB é uma empresa pública administrada pelo governo do Distrito Federal que opera 34 ônibus em 12 linhas e atende 18 mil passageiros diariamente.
Nos últimos 25 dias de paralisação, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) informou ao Radar que os prejuízos já chegam a mais de R$ 5 milhões. Mais de 1,2 milhão de passageiros deixaram de usar o serviço durante esse período.