luizFraudes na folha de ponto, receber sem trabalhar e queda de braço na justiça contra o ponto eletrônico, são um dos motivos que fere e coloca a saúde do DF em estado terminal. Bastou o futuro secretário de saúde Osnei Okumoto anunciar que iria implantar monitoramento de presença de profissionais nos hospitais para que o sindicato da categoria reagisse contra. A sociedade precisa saber disso
Toni Duarte//RADAR-DF
Nem todos, mas o presidente do Sindicato dos Médicos do DF, Gutemberg Fialho, é contra o sistema de vigilância por meio de câmeras na área interna de hospitais e Unidades de Pronto de Atendimento (UPAs) do Distrito Federal, como medida de transparência e acompanhamento do cumprimento de escala de servidores.
Depois da reação do sindicato da categoria, feita por meio de nota publicada na terça-feira (04/12), o pré-governo Ibaneis Rocha não vai mais implantar a medida.
Osnei Okumoto, reconheceu que há resistência da categoria em relação as medidas que tentem cobrar mais eficiência dos servidores.
Bisturi na garganta
Essa é a segunda vez que o Sindicato dos médicos mete o bisturi na garganta do governador eleito Ibaneis Rocha, que se esforça, antes mesmo de tomar posse no cargo, para honrar o compromisso que fez à população de tirar a saúde da UTI onde agoniza em estado terminal, provocada pelo desastrado governo Rollemberg que acaba daqui a 25 dias.
A primeira, o Sindmédico deixou claro, também por meio de uma nota publicada, que não digeriu a indicação do farmacêutico e atual secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde Osnei Okumoto para comandar a pasta (leia aqui).
Em tempo: O sindicato esperava que Ibaneis Rocha nomeasse para o cargo o vice-presidente da entidade, Carlos Fernando.
Desta vez ama turminha do jaleco branco reage contra a política de transparência. A maioria dos médicos do DF que trabalha, não se preocupa com manitoramente nem com o ponto eletrônico. Quem chia é o picareta contumaz que quer receber salário da saúde sem trabalhar.
A implantação de uma política de transparência proposta pelo futuro secretário de saúde do Distrito Federal Osnei Okumoto, para verificar o devido cumprimento das escalas de servidores, e os atendimentos durante a jornada de trabalho, não é nenhuma invenção da roda já que, tal sistema, faz parte do dia a dia das grandes empresas privadas e principalmente dos muitos hospitais pelo país afora.
E nem precisa perguntar se esse tipo de vigilância é necessário ou não. Basta rever a linha do tempo da saúde de Brasília para encontrar denúncias feitas pelo Ministério Público à justiça de caso de fraudes, por exemplo, na folha de ponto no Hospital Regional de Taguatinga (HRT).
A Polícia e o MPDFT também realizaram operações contra fraudes no ponto eletrônico (em funcionamento na rede pública desde 2013) e no registro de horas extras no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Os servidores que foram pegos com boca da botija atuavam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulta. Na tramóia estavam 13 médicos e três servidores.
Os médicos do DF são os mais bem pagos do país, principalmente os que estão próximo da aposentadoria. Contabilizando tudo que tem direito chegam a ganhar cifras acima do teto constitucional.
Pelo andar da carruagem, ou o governador eleito Ibaneis Rocha e a própria população se posicionam de forma dura contra a chantagem sindical ou a saúde do DF vai para o buraco e junto com ela os que mais necessitam.
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