O ASSUNTO É

Oficiais da PMDF se aposentam cedo, enquanto praças envelhecem na tropa

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Na PM e no Corpo de Bombeiros do DF, oficiais se aposentam com 45 anos em média, já os soldados, cabos, sargentos só consegue o benefício da aposentadoria aos 53 anos de idade. O desequilíbrio está na legislação que deve mudar com um projeto a ser enviado ao Congresso Nacional ainda neste semestre, medida que afetará as forças de segurança do DF por serem ligadas a União

Por Toni Duarte//RADAR-DF

Entres as categorias de servidores do DF, com direito à aposentadoria especial, a que mais chama a atenção é a dos policiais militares, os PMs e Bombeiros. A maioria se aposenta antes dos 45 anos de idade.

A PMDF e o CBMDF perdem os seus talentos com as regras atuais. Oficias bem formados, que poderiam estar em funções de gestão, se aposentam cedo e vão atuar em empresas privadas.

No DF já teve caso de coronéis de se aposentar com 42 anos. Os novinhos vão para casa levando todas as vantagens. Uma boa bolada.

Se para os oficiais a aposentadoria é a garantia de um futuro próspero, para soldados, cabos, sargentos e subtenentes, conhecidos como “praças”, a situação é inversa para a grande maioria.

É comum encontrar patrulhando as ruas, no corpo a corpo diário com a violência no Distrito Federal, Combatentes com mais de 50 anos de idade sem condições físicas para correr atrás de meliantes.

Esse grupo de policiais só se aposentam, em média, com 53 ou 54 anos quando é obrigado a ser mandado embora pela compulsória.

Cerca de 80% do efetivo da PMDF ou do CBMDF está na linha de frente, sem alternativa de migrar para um escritório mais sofisticado quando ficam mais velhos.

Nesta idade fica difícil encontrar empregos para complementar a renda, mesmo nas empresas de vigilância. Alguns vivem mal e buscam como tábua de salvação a bebida ou as drogas ainda na ativa.

O histórico de suicídios na PM é grande. O PM passa a vida na rua, pela corporação ou fazendo bico e quando para, não aguenta ficar em casa, acaba no bar e morre cedo.

Dentre as medidas emergenciais para amenizar o problema, enfrentado por policiais militares, ainda na ativa, o governador Ibaneis Rocha destinou R$ 300 milhões para a gratificação de trabalho voluntário das polícias Civil e Militar.

Os servidores receberão R$ 400 por trabalho extra realizado em dia de folga. Uma espécie de “bico” oficial.

Já o governo federal deve adotar outras medidas este ano em que está sendo debatida a reforma da previdência no Congresso Nacional.

“Temos de aumentar o tempo de serviço. Não podemos mais aceitar que um cara vá para a reserva com 45 anos”, reafirmou o general e vice-presidente da República Antônio Hamilton Martins Mourão, diante da cobrança feita por policiais militares por reajuste salarial.

O governo Bolsonaro vai propor mudanças que visam ampliar para 60 anos o limite de idade para que todos os militares se aposentem.

No caso dos praças do DF a situação, no entanto, pode se agravar se homens velhos e calejados continuarem nas ruas o que seria um ato desumano por parte do Estado.

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