O GDF vai inaugurar uma nova forma de combate ao déficit habitacional do Distrito Federal em janeiro de 2020. Trata-se do Módulo Embrião, um projeto da nova gestão da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab) que reúne dois eixos do Habita Brasília, o programa habitacional do DF.
Assim, o governo vai entregar 108 lotes com casas já construídas para famílias de baixa renda em Samambaia.
O projeto é uma junção do eixo Lote Legal – modalidade que oferece para pessoas inscritas na Codhab terrenos legalizados em áreas urbanizadas, ou seja, com ruas pavimentadas e com abastecimento de água, esgoto, energia e iluminação pública — e o Na Medida, uma linha de ação que tem o objetivo de garantir qualidade para as residências de interesse social.
Ou seja, as famílias contempladas, que estão em situação de vulnerabilidade, vão receber os lotes já com uma pequena casa erguida nele.
A construção terá 44 metros quadrados – sala, quarto, cozinha e banheiro – e poderá ser ampliada por cada morador por meio da autoconstrução (construção de unidades habitacionais de baixo custo por seus próprios usuários), com assistência técnica dos arquitetos e engenheiros da Codhab gratuita.
“A gente chama o projeto de modulo embrião porque as casas terão um mesmo modelo, mas os projetos podem ser expandidos, adaptados e personalizados de acordo com as necessidades de cada família”, explica a arquiteta Sandra Marinho, da Diretoria de Assistência Técnica da Codhab, responsável pelo projeto.
“A ideia é que o módulo embrião vai crescer, se desenvolver e ganhar uma maturidade própria”, diz.
Investimento
O governo investe mais de R$ 7 milhões na iniciativa, que não tem nenhum custo para o beneficiário. A Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) doou para a Codhab 108 lotes em 12 quadras de Samambaia.
Com recursos próprios, que totalizam R$ 2 milhões, a Companhia tinha iniciado um projeto-piloto que previa a construção de 30 módulos embriões.
Mas, em novembro, o conselho do Fundo Distrital de Habitação de Interesse Social (Fundhis) aprovou a captação de R$ 5,1 milhões para a construção em mais 77 terrenos, totalizando 107 lotes para receberem o módulo embrião.
O terreno que falta para completar os 108 doados pela Terracap será usado no projeto ao longo do ano que vem.