Durante uma reunião com 200 mulheres no auditório da Secretaria de Segurança Pública e Paz Social na terça-feira (03), a secretária Márcia Alencar reiterou que não vê nada de imoral ao usar carros da Polícia para transportar seus familiares para onde quer que seja. Disse ainda que nomeou uma ex-frentista e uma ex- vendedora de loja para lhe assessorar no seu gabinete. A psicóloga foi além: disse que resolveu colocar 24 horas por dia uma escolta policial para proteger os familiares de sua ex-empregada Vanderlice Dias de Sousa, nomeada como sua secretária particular lotada no seu gabinete e que faz tudo com a anuência do governador Rodrigo Rollemberg.
ma vez por mês, a socióloga neossocialista secretária de Segurança Pública do Distrito Federal, Márcia Alencar, realiza uma grande reunião com mulheres ligadas a ONGs e outros segmentos da sociedade civil no auditório da Secretaria de Segurança Pública.
Na terça-feira passada, ela discursava à seleta plateia que era uma mulher “linda, recatada e trabalhadora” e que as suas companheiras, classificadas por ela como “mulheres guerreiras”, deveriam se vestir de branco para comparecer na audiência da Comissão de Segurança Pública da Câmara Legislativa, na próxima segunda-feira (09), com a tarefa de lhe defender e defender o governador Rodrigo Rollemberg.
Márcia Alencar foi convidada a prestar esclarecimentos sobre o uso de viaturas da Polícia no transporte de seus familiares e a nomeação de sua ex-empregada doméstica que desempenha a função de sua secretária particular no gabinete da Secretaria de Segurança Pública.
Contra Márcia Alencar, pesa ainda a denúncia de que utilizou com seus familiares o helicóptero do DETRAN no dia 17 do mês passado para fazer um vôo panorâmico sobre a Esplanada do Ministérios para acompanhar o mega movimento popular contra e pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff durante a votação do relatório pela Câmara dos Deputados. Entre os privilegiados ocupantes da aeronave oficial do GDF, segundo ainda denúncias que chegaram ao conhecimento dos deputados, havia até uma ocupante especial que não poderia ficar fora do passeio: a serelepe cachorrinha yorkshire terrier voando pelos céus de Brasília.
A denúncia fez com que o deputado Chico Vigilante (PT) pedisse informações ao próprio DETRAN sobre o suposto voo de helicóptero da família de Márcia Alencar ocorrido no dia 17 de março, data em que foi votado o impeachment da presidente Dilma. O distrital quer saber quem pilotava a aeronave, o nome dos passageiros, as horas de voo e a missão. Pediu ainda esclarecimentos se haviam autoridades e/ou civis a bordo.
O bicho vai pegar. Por conta disso Márcia Alencar arregimentou o seu batalhão de “mulheres guerreiras” com o objetivo de fazer alarido na Câmara Legislativa, segundo informações obtidas por Radar por meio de uma das participantes da reunião com a secretária de Segurança, ocorrida na última terça-feira.
A Secretária teria deixado claro que, quem se posicionar contra a sua postura à frente da Secretaria de Segurança e falar mal do governador Rollemberg deveria sair do seu grupo de amizade. Afirmou durante a reunião, no auditório da SSP, que nomeou sim uma amiga que trabalhava como frentista em um posto de gasolina e uma outra ex-vendedora de loja com Cargos de Natureza Especial.
Disse que não se arrepende nem um pouco em dar uma oportunidade a Vanda, sua ex-empregada doméstica. Foi além: afirmou ter determinado que fosse feito serviço de escolta policial aos familiares da ex-doméstica sob a justificativa de que estaria correndo perigo de vida, após matérias publicadas pela imprensa. Por último, Márcia Alencar disse que orientou a sua ex-empregada a processar o jornalista Carlos Carone do Metrópoles por ter feito a matéria sobre o caso.
Da Redação Radar