Agora só depende dos 24 deputados, entre novos e antigos, todos com plano de saúde, votar as propostas do governador Ibaneis Rocha (MDB), que visam melhorar o atendimento na saúde do Distrito Federal. O presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB), vai convocar a Casa em caráter extraordinário. A oposição bate o pé contra e não está nem aí se o povo vai continuar morrendo nas portas dos hospitais. Uma desgraça!
Por Toni Duarte//RADAR-DF
O governador Ibaneis Rocha, ao ser entrevistado nesta manhã de segunda-feira (21/01), Bom Dia DF, explicou por que tem pressa na aprovação do “pacote de emergência” que enviou há uma semana a CLDF.
Para ele, o cidadão não pode continuar sem o atendimento médico nos hospitais como vem acontecendo desde o governo petista de Agnelo Queiroz e piorando ainda mais, nos últimos quatro anos do governo Rollemberg.
Ele disse que o atual sistema de saúde pública tem que ser mudado em alguns pontos para dar agilidade na enorme fila com centenas de pessoas que precisam do atendimento médico e que não podem morrer nas portas dos hospitais.
A mudança mexe em privilégios históricos de muitos servidores públicos que não aceitam que sejam obrigados a trabalharem nas chamadas “zonas de guerra” como o Hospital de Santa Maria e do Gama onde a população bate à porta das unidades superlotadas por falta de profissionais para atender.
Alguns sindicatos que representam a categoria da saúde não gostaram da proposta e trabalham na surdina para que o SOS-DF/ Saúde, lançado pelo governador seja boicotado.
Deputados declaradamente de oposição ao governo Ibaneis, como a distrital Arlete Sampaio (PT), justificam que o projeto está malfeito e que Ibaneis está fazendo chantagem com os distritais.
O distrital Chico Vigilante, também do PT, reagiu dizendo que é do Maranhão e que não tem medo da cara feia do governador.
Logo Chico Vigilante, que passou mal em casa em novembro do ano passado e precisou ser internado as pressas no caro Hospital de Brasília no Lago Sul por ter um bom plano de saúde pago pelo povo.
O novato Leandro Grass (REDE) defende que o projeto seja apreciado pela Câmara só em fevereiro quando acabar as férias dos deputados e que o pacote emergencial do Executivo passe por um minucioso debate em todas as comissões temáticas do legislativo e que seja ouvido cada sindicato.
No entanto, na visão de Ibaneis, que entra na terceira semana como governador do DF, o povo que precisa de saúde urgentemente não pode esperar. Ele disse que é preciso o Executivo e o Legislativo terem responsabilidades para com a população e, principalmente, com aqueles que mais precisam do Poder Público.