A Polícia Civil do DF abriu nesta segunda 25/03, um inquérito policial para apurar indícios de fraudes no concurso público da Secretaria de Desenvolvimento Social, organizado pelo Instituto Brasil de Educação (Ibrae), ocorrido neste domingo (24). A decisão foi tomada após uma confusão registrada na distribuição das provas do certame realizado pela desconhecida banca examinadora
Por Toni Duarte//RADAR-DF
Fraudes em concursos públicos no DF tem movimentado investigações policiais para identificar os suspeitos e acabar com a prática.
Nos últimos dois anos pelo menos quatro concursos públicos do Governo do Distrito Federal (GDF) foram cancelados pelos mais diversos motivos que causam prejuízos aos milhares de concurseiros e levam ao descrédito o próprio governo.
Em 2017 o concurso para o Corpo de Bombeiros e para a Polícia Militar foram cancelados.
Responsável pela organização do concurso dos Bombeiros, o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan) decidiu cancelar as provas objetivas para os cargos de soldado condutor e operador de viaturas em atendimento a uma recomendação do Ministério Público.
O MPDFT identificou graves falhas procedimentais cometidas durante a primeira etapa do certame, ocorrida em 5 de fevereiro daquele ano.
Entre as falhas estavam a não designação prévia das salas para a realização das provas e o atraso para o seu início; o descontrole por parte dos fiscais em relação à coordenação dos candidatos em sala; a divergência entre os nomes constantes nos cadernos de provas e respectivos gabaritos; e a não concessão de tempo complementar aos candidatos, uma vez que o certame fora iniciado após o prazo estabelecido no edital.
A mesma banca que organizou o concurso para o Corpo de Bombeiros também cometeu erros, segundo o Tribunal de Contas do DF, no concurso realizado na PMDF. O certame ofereceu 50 vagas para oficiais e mais 150 para cadastro-reserva.
Também em 2017, o Tribunal de Contas do Distrito Federal determinou à Câmara Legislativa do DF, que anulasse a seleção da Fundação Carlos Chagas (FCC) como banca responsável pela organização e realização do concurso público do Legislativo.
Pediu ainda que fosse desfeito o Contrato n.º 14/2017-CLDF e os Editais 01/2017 a 05/2017.
A Corte entendeu que houve violação dos princípios da isonomia, da impessoalidade, da motivação, da moralidade, da seleção da proposta mais vantajosa, da legalidade e do interesse público.
O cancelamento ocorrido neste domingo, do concurso público da Secretaria de Desenvolvimento Social, realizado pelo Instituto Brasil de Educação (Ibrae), serviu para acender a luz da desconfiança sobre os certames promovidos por bancas contratadas pelo governo local.
Por ser a sede do poder público, Brasília é uma das cidades brasileiras que mais abre vagas para concursos públicos. Com oportunidade para todos os níveis de escolaridade, a capital federal recebe todo o ano, candidatos de todo os cantos do país em busca da chance de se tornar um concursado.
A Policia Civil, por ordem expressa do governador Ibaneis Rocha, abriu inquérito para investigar o tamanho da fraude que provocou a revolta das mais de 50 mil pessoas contra o Instituto Brasil de Educação –IBRAE. O governo deve suspender o contrato com a banca.