Após participar de um café da manhã na casa oficial do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PSL), ocorrido nesta quarta-feira (08/05), o governador Ibaneis Rocha (MDB), avaliou que a reforma da previdência é necessária e destacou que o governo federal demonstra vontade muito grande de ajudar os Estados a enxugar a máquina pública e reduzir gastos
Por Toni Duarte//RADAR-DF
Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul encabeçam a fila dos 10 Estados que estão em situação financeira caótica e que não consegue nem colocar em dia os contracheques dos funcionários.
Além desses, mais nove estados estão na fila da bancarrota, entre eles o DF, conforme apontou o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha que participou do encontro.
Ibaneis afirmou que os governadores cobraram mais uma vez do presidente o cumprimento de seis pautas consideradas prioritárias para os Estados. Os itens reivindicados estão na “carta do fórum dos governadores” endereçada aos chefes do Poder Executivo e Legislativo.
O fantasma da quebradeira que ronda a receita do governo do Distrito Federal acendeu o sinal de alerta de Ibaneis no último mês de março quando o Tribunal de Contas da União (TCU) tirou do GDF o direito de arrecadar os recursos do Imposto de Renda (IR) retido na fonte de salários e benefícios, pagos a categorias remuneradas pelo Fundo Constitucional do Distrito Federal.
Cerca de R$ 700 milhões são arrecadados com os tributos gerados com os soldos pagos às polícias Civil e Militar, além do Corpo de Bombeiros.
Além do mais, o GDF teria que devolver para a União cerca de R$ 10 bilhões, valor acumulado do que foi arrecadado pelo governo desde 2010.
Por enquanto o chefe do Executivo local vai tocando o barco sem pagar a dívida, apoiado por uma liminar. A União vai recorrer.
Para livrar o DF de atingir o patamar da crise financeira vivida por Estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e o Rio Grande do Norte, o governo Ibaneis não descarta privatizar empresas públicas.
Na entrevista concedida a jornalistas, após a reunião de hoje, o governador classificou a greve dos metroviários, que já dura sete dias de paralisação, como uma “incompreensão dos servidores”.
“Todo mundo sabe que isso não vai dar em nada. Não existe possibilidade de se negociar nada em torno de salários. No Metrô do DF, um piloto de trem ganha em torno de doze mil reais. Em São Paulo, esse mesmo profissional, que faz o mesmo serviço, ganha quatro mil reais”, disse Ibaneis.
Ele afirmou ainda que em virtude dos governos de esquerda e socialistas que passaram pelo Buriti houve uma apropriação das empresas por parte dos servidores públicos.
“Temos que dar uma enquadrada nesta situação sob pena das empresas quebrarem de vez e a situação dos servidores se agravar muito mais. Estou fazendo um esforço, com a minha equipe econômica, para manter as contas em dia. No momento que tivermos um superávit vamos valorizar os servidores”, prometeu.
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