Um caixão preto e reluzente com o retrato do governador Rodrigo Rollemberg deverá ficar exposto ao sol quente da praça municipal, em frente ao Palácio do Buriti, cortejado por centenas de funcionários públicos, ligados a 32 categorias.
A simbólica sentinela fúnebre de Rollemberg fará parte dos vários atos de protestos que iniciam a partir desta quarta-feira (08), com o indicativo de greve geral na área da Educação e da Saúde. Rollemberg se negar a pagar a parcela do reajuste referente ao mês de setembro/2015. Reajuste esse que está garantido em Lei e referendado como constitucional pelo TJDFT.
Durante a reunião o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio e o secretário de Relações Institucionais e Sociais , Marcos Dantas botaram a culpa nos 24 deputados distritais que estariam “querendo muito” para aprovar o pacote de medidas que visa aumentar impostos, entre eles o IPTU, Taxa de Limpeza Pública (TLP) e a Contribuição para Iluminação Pública para tirar a economia do suposto vermelho. Afirmaram também que não havia recursos suficientes para pagar os reajustas das categorias trabalhadoras.
“Não Vamos pagar. Não vamos prometer algo que não vamos pagar. E isso depende de uma série de medidas”. O tom arrogante e repetitivo de Sergio Sampaio provocou a debandada dos sindicalistas que se retiraram da reunião deixando Marcos Dantas falando sozinho.
A publicação de um edital de chamamento público para terceirizar hospitais, ensino, cultura, pesquisa cientifica e desenvolvimento tecnológico é visto como uma ameaça pelos servidores. Veja Aqui.
O comando de greve da categoria dos enfermeiros suspeita que o prazo pedido pelo governador Rodrigo Rollemberg para cumprir com o reajuste pode ser uma rasteira e um golpe baixo nos trabalhadores, já que o GDF pretende entregar o setor de saúde para empresas privadas. Da mesma forma vai proceder contra os servidores da Educação.
“Vamos ficar sem utilidade e o governo não daria o nosso aumento, bem como retirariam as gratificações”, disse ao Radar uma servidora do Hospital de Base. Hoje, até os médicos do HB vão parar.
Da Redação Radar