O ASSUNTO É

GOVERNO DE BRASÍLIA POUPA A IGREJA DO PADRE MOACIR E MANDA PASSAR O TRATOR POR CIMA DE 350 CASAS NO INCRA 7 APÓS AS OLIMPÍADAS

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1AIGREJADOPADREPara o governador Rodrigo Rollemberg, o Estado não é tão laico assim quando no meio da rota das derrubadas realizadas pela Agefis está o Centro de Evangelização da Comunidade Renascidos em Pentecostes do pároco Moacir Anastácio. Mesmo tendo sido construído dentro de uma grande reserva ambiental, o templo permanecerá intocável. Já os vizinhos moradores ao lado não terão a mesma sorte: suas casas serão demolidas.

                                                                                       

LETRA AAgefis não é doída derrubar um dos maiores e mais modernos templos católicos do Centro-Oeste, com 100 mil metros quadrados de área construída dentro de uma imensa reserva ambiental no Núcleo Rural Alexandre Gusmão. No entanto, na mesma área da obra do padre Moacir, a Agefis se programa para voltar a derrubar, desta vez apoiada pela Justiça, cerca de 350 casas do INCRA 7, uma área particular e escriturada, mas acusada pela Agefis de prejudicar o mesmo meio ambiente.

Desde o início do governo de Brasília a Agefis já derrubou milhares de casas e já desalojou milhares de famílias sob a justificativa de que eram invasores de áreas públicas ou de que as moradias estavam dentro de reservas ambientais protegidas por lei.

Porém, a drástica medida serve para uns e para outros não. A seletividade tem sido empregada nas operações de derrubadas. A presidente da Agefis, Bruna Pinheiro é quem elege do alto de sua autoridade quem vai para o chão ou quem tem o privilégio de ser poupado dos tratores na mesma área considerada por ela como pública ou de reserva ambiental .

Foi assim, por exemplo, com a Chácara 200, em Vicente Pires, e com um prédio de oito andares construído na mesma área. As casas da 200 foram demolidas, enquanto que o prédio, sem certidão do habite-se, onde funciona uma agencia do BRB, continua intacto.

A discussão sobre quem pode ir ao chão e o que pode continuar em pé em uma mesma área considerada ilegal pela Agefis, foi parar em cima da mesa de audiência da Vara do Meio Ambiente na sexta-feira da semana passada em que eram ouvidos os representantes da Agencia de Fiscalização e de moradores do INCRA 7.

Os moradores provam que a área é particular e que muitos já têm escrituras, documentos reconhecidos pela justiça. Mesmo assim, a decisão final foi: quem tem terra particular com escritura deve ser tratado como invasor. As liminares que protegiam as casas dos moradores do INCRA 7 cairam. Todas as construções serão demolidas após as Olimpíadas, já que o efetivo total da PM está sendo empregado nos jogos que ocorrerão em Brasília a partir do dia 4 de agosto.

Os que os olhos do governo enxerga para uns na área do Incra 7 considerados predadores  do meio ambiente não consegue enxergar para outros como é o caso da construção de um dos maiores templos religiosos do Planalto Central. A igreja construída na área de preservaçao ambiental pelo pároco Moacir Anastácio tem capacidade para 10 mil pessoas.

Em volta dela, há um refeitório para 3,5 mil fieis, três hotéis de cinco pavimentos, uma capela, um estacionamento para 5 mil veículos, além de uma casa paroquial, banheiros, uma livraria e uma praça com jardim. A construção foi feita a beira de um rio onde os dejetos de 20 mil pessoas que frequentarão o templo provavelmente serão lançados.

Além disso, na mesma área, tem um posto de combustível e o “Atacadão Dia a Dia”. Este último é um forte distribuidor de generos alimentícios de todo o Centro-Oeste. O Radar apurou que tanto centro católico do padre Moacir como esses dois pontos comerciais, possuem licenciamento do Ibram- Instituto Brasília Ambiental. O licenciamento que é expedido para os mais “chegados” do governo Rollemberg, é negado para as famílias que residem há anos na região e estão sujeitos a perderem de vez as suas moradias. Muitos não sabem nem para onde ir e a quem se apegar. Vivem a cada amanhecer um dia de terror.

Só que está tranquilo mesmo é o padre Moacir. Uma vez por anos ele realiza o Pentecostes e chega a reunir 1 milhão de pessoas nas missas a céu aberto. É lá que as almas penadas dos políticos de Brasília aparecem para transformarem o altar do Altíssimo em palanque eleitoreiro. Rodrigo Rollemberg é um deles. Um verdadeiro sacrilégio.

Da Redação Radar

 

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