Há exatos 30 dias, a administração regional do Jardim Botânico segue jogada às traças e sem o atendimento ao público que deveria ter. O administrador do Lago Sul, Aldemir Paraguassu, desde que assumiu a interinidade da região não botou os pés uma única vez nas instalações da RA XXVII, que só abre as portas para a entrada de quatro funcionários que se queixam da ociosidade por falta do que fazer.
Esse foi o relato feito por uma comissão de moradores da região que foi recebida em audiência na Secretaria de Relações Institucionais e Sociais no Palácio Buriti (foto) nesta sexta-feira, 31. A comissão fez um apelo pela manutenção da administração regional ameaçada de extinção pelo governador Rodrigo Rollemberg.
Há exatos 30 dias, a administração regional do Jardim Botânico segue jogada às traças e sem o atendimento ao público que deveria ter. O administrador do Lago Sul, Aldemir Paraguassu, desde que assumiu a interinidade da região não botou os pés uma única vez nas instalações da RA XXVII, que só abre as portas para a entrada de quatro funcionários que se queixam da ociosidade por falta do que fazer.
Esse foi o relato feito por uma comissão de moradores da região que foi recebida em audiência na Secretaria de Relações Institucionais e Sociais no Palácio Buriti (foto) nesta sexta-feira, 31. A comissão fez um apelo pela manutenção da administração regional ameaçada de extinção pelo governador Rodrigo Rollemberg.
Carreata contra o governo
Os moradores transmitiram ao governo o quadro de insatisfação da comunidade, sentimento que levou síndicos e dirigentes de entidades representativas da região a programar para a próxima segunda-feira, 2, uma carreata de protesto contra o governo.
A comissão de moradores foi recebida pelo secretário-adjunto, Manoel Antônio Vieira Alexandre, que se propôs a levar ao conhecimento do governador as reclamações e indicar uma saída para a questão que possa apaziguar os ânimos e contemplar a comunidade. Manoel Viera disse ainda que a manifestação de protesto da comunidade do Jardim Botânico é legitima.
Sem custos
O cidadão que procura a administração do Jardim Botânico para resolver algumas pendências é avisado que o atendimento ao público encontra-se provisoriamente suspenso e é orientado a procurar a regional do Lago Sul, onde também não é atendido.
Um relatório entregue ao governo pela Associação Comunitária dos Condomínios do Jardim Botânico (Ajab) aponta que a RA XXVII não onera do GDF, já que o único gasto que o governo tem feito nos últimos 30 anos na região é com poda do mato do canteiro central da 001 e pintura de meio-fio.
Moradores pagam despesa
O documento revela que a coleta de lixo, segurança, pavimentação, fornecimento de água, energia elétrica e projetos urbanísticos de impacto ambientais, são devidamente bancados pelos mais de 75 mil moradores dos condomínios horizontais que forma a grande região.
O documento também aponta ao governo que a região contribui com IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) mais taxas e emolumentos cuja arrecadação chega a R$ 100 milhões por ano, segundo dados da Secretaria de Fazenda.
Renda elevada
O Jardim Botânico aparece com a renda mais elevada e acima da média das outras cidades. A renda domiciliar média mensal chega a 19,42 salários mínimos (R$ 14.060) e 42,70% dos domicílios têm renda superior a 20 salários mínimos (R$ 14.480), segundo dados da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).
Em dez anos de criação, a RA XXVII do Jardim Botânico tornou-se símbolo maior da luta e conquista de uma comunidade que vive em permanente estado de alerta. É um estado de prontidão para preservar os seus direitos e lutar pela regularização dos condomínios horizontais e pela aplicação da lei federal 9.262/96 que trata da venda direta dos lotes adquiridos na área de domínio da Terracap.
Estímulos de Rollemberg ignorados
A comissão representativa dos moradores queixou-se da falta de interlocução entre o governo e a comunidade. Os moradores lembraram que o governador, ainda como candidato ao Buriti, quem estimulou a comunidade a realizar uma consulta popular indicando nomes para a administração regional.
Mas a iniciativa popular foi ignorada pelo governo. Para piorar o quadro de insatisfação, o atual administrador do Lago Sul, Aldemir Paraguassu, anunciou que irá vetar as solicitações de alvarás para a região do Jardim Botânico e que fará monitoramento de qualquer tipo de construção que não esteja dentro das normas de edificações do Lago Sul.
Desde que assumiu de forma interina a RA XXVII, Aldemir Paraguassu nunca procurou as entidades representativas do Jardim Botânico e diz não ter obrigação de dar qualquer satisfação a não ser ao próprio governo que serve. Para a presidente da Ajab, Viviane Fidelis, o governo começa mal representado nas administrações regionais e que o sentimento da comunidade do Jardim Botânico é de total indignação.