As associações representativas dos vários segmentos existentes no Jardim Botânico, São Bartolomeu, Altiplano Lesta e do Tororó não darão trégua ao governador Rodrigo Rollemberg, diante das ameaças de extinção da Administração Regional do Jardim Botânico, criada em 2004 para administrar a cidade que hoje conta com mais de 75 mil moradores de condomínios horizontais do Distrito Federal.
Com o anúncio dos novos administradores das cidades feito nesta terça-feira (20), o governador Rollemberg tornou o Jardim Botânico como um penduricalho do Lago Sul, cujo o novo administrador nomeado Aldemir Paraguassu e seu grupo político ( Reguff, Cristovam e Nathanry Osorio) nutrem um ódio e discriminação implacável contra quem mora nos condomínios do Jardim Botânico e adjacência.
Por causa disso, os dirigentes de entidades realizaram no final da tarde de ontem uma reunião em que decidiram deflagrar uma campanha publicitária exigindo do governador mais respeito aos 75 mil moradores dos condomínios horizontais e que ele cumpra a promessa de campanha feita durante a sua propalada “roda de conversas” na comunidade.
Já estão sendo providenciados a confecção de faixas e outdoor’s que serão fixados na cidade e na avenida de acesso a Ponte JK com mensagens de impactos traduzindo o sentimento de indignação da população enganada.
As entidades acusam o secretário de Relações Institucionais e Sociais, Marcos Dantas de fazer pouco caso de uma solicitação de audiência, feita através de ofício no último dia 13/01, em que as lideranças da comunidade pediam um encontro para debater o assunto. Dantas não deu qualquer resposta.
A medida de Rollemberg que transformou a Região Administrativa do Jardim Botânico a uma sub-administração não agradou aos moradores. O Jardim Botânico, Tororó, São Bartolomeu e o Altiplano Leste lutaram e venceram o preconceito e as duras batalhas para consolidar o Jardim Botânico como cidade com autonomia administrativa pela Lei 3.435/2004.
O Jardim Botânico aparece com a renda mais elevada e acima da média das outras cidades. A renda domiciliar média mensal chega a 19,42 salários mínimos (R$ 14.060) e 42,70% dos domicílios têm renda superior a 20 salários mínimos (R$ 14.480), segundo dados da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).
Em dez anos de criação, a RA XXVII do Jardim Botânico tornou-se símbolo maior da nossa luta e conquista de uma comunidade que vive em permanente estado de alerta para preservar os seus direitos.
Quando a competência é preterida
Do Blog Politiquês
O anúncio dos novos administradores regionais deve ter agradado poucos e contrariado muitos, o que me parece ser uma tônica, até o momento, desse novo governo. No rol dos contrariados, me incluo. Morador do Lago Sul há mais de 20 anos, recebi com muita surpresa a não confirmação do nome de Wander Azevedo (foto) como Administrador do Lago Sul, posto que o mesmo já ocupava a cadeira com muita competência.
Fiz duríssimas críticas ao governo Agnelo, no entanto, seria uma enorme injustiça da minha parte, não reconhecer que Agnelo foi muito feliz ao delegar a Wander Azevedo a responsabilidade de administrar o Lago Sul. Apesar do que dizem por aí, os moradores dos “Lagos” também precisam de ações do Governo. Imaginem se tivesse sido aprovada a construção de um Shopping Center na QL 24? Pois é, não foi. Ponto para e administração e para nós moradores.
É muito cedo para generalizar, entretanto, diante de nomeação de uma senhora grávida, da nomeação de um subsecretário com pedido de prisão expedido, sem contar os casos de nepotismo, me parece que a competência não é requisito para se ocupar um cargo na atual gestão do GDF. É uma pena.
Por João Zisman
Rollemberg, o não tão bem amado assim e o seu Paraguaçu
Não é de hoje que ouvimos dizer que a vida imita a arte. Bom quando a arte faz rir e enriquece culturalmente um povo. Quando não, a arte é trágica.
Analisando a novela do anúncio dos novos administradores regionais, com as mudanças nas regionais administrativas, as frustrações pessoais e, mais grave, de grande maioria das comunidades, as traições, novamente à grande parte da população, promessas não cumpridas, compromissos não honrados, invenção meio bufa e meio trágica de um parlamentarismo com a concentração de poderes em mãos de um fofão (no sentido feio mesmo e assustador) de 1º ministro sem votos, um secretariado de 23 nomes com 18 “ungidos” no gabinete do “1º ministro fofão”, e mais alguns elementos característicos dos melhores roteiros de uma boa novela, daquelas que bem satirizam a vida das piores e das melhores cortes, fiz uma viagem no tempo e conseguindo me livrar, com muita insistência, confesso, do formato mexicano de novela, caí em O Bem Amado, do genial Dias Gomes.
Para entenderam a minha escolha, sugiro aos mais jovens buscarem apenas poucos capítulos da novela e já irão compreender o que afirmo. Como em releituras de grandes obras a imaginação rola solta, e para criar mais suspense imagine-se que neste o bem amado, o coronel não estaria, pelo menos no momento, tão bem amado assim e, não seria o próprio o Paraguaçu. Para este papel foi escalado um ator, com o mesmo nome, para interpretar o papel de mandatário da região mais rica dessa Sucupira.
Na Sucupira original um dos suspenses rola em torno da inauguração, que nunca se realiza, do cemitério local. Como nesta sucupira não tem ainda um cemitério, o suspense gira em torno dos seguintes questionamentos: irá o Paraguaçu construir um cemitério ou não e em que região? Mais perto ou mais longe do aeroporto? Mais próximo ou distante de uma das três pontes do reino? Que seriam as irmãs cajazeiras? Quem iria inaugurar o cemitério? Quanto à isso, Paraguaçu não deverá se preocupar, uma vez que grande parte da população do reino já é de idade bem avançada.
Um noveleiro “de carteirinha”, conversando com este escriba sobre o tema disparou: “O risco maior é o desse Paraguaçu enterrar o governo do coronel Odorico por culpa do fofão”.
Fonte: Blog do Professor Chico