A situação do número de leitos para tratamento de pacientes com covid-19 no Distrito Federal poderia ser bem mais tranquila se a Fecomércio, depois de assinar um protocolo de intenções com o Governo do Distrito Federal, não tivesse abandonado o compromisso de fazer um hospital de campanha para ajudar a salvar vidas.
Nesta segunda-feira (15), a ocupação dos leitos de UTI para tratamento de covid-19 chegou a 64%, o índice mais alto desde o início da pandemia no Distrito Federal.
O GDF já instalou um hospital de campanha no estádio Mané Garrincha com 200 leitos e está erguendo estruturas semelhantes na Ceilândia, São Sebastião, Papuda e no Hospital da Polícia Militar.
O Hospital Regional de Ceilândia também está ganhando uma ampliação, resultado de convênio feito entre o GDF e a empresa JBS. O hospital da Fecomércio viria completar o quadro de prevenção contra a doença sobretudo para ajudar a salvar vidas dos mais carentes.
A Federação do Comércio do DF havia se comprometido a elaborar estudo, contratar e disponibilizar “espaço destinado para o tratamento de pacientes com covid-19, encaminhados pelo sistema público de saúde do DF”, conforme chegou a discursar o seu dirigente.
O objetivo era atender pacientes de média e alta complexidade, com utilização de suporte ventilatório, e pacientes para internação de curta duração, “visando estabilização e quarentena”.
A estrutura hospitalar contaria com 400 leitos, sendo 360 de internação clínica e 40 leitos de tratamento semi-intensivo. O intuito, segundo a Fecomércio-DF, era para auxiliar na assistência contra o COVID-19 e voltado para o comerciário e para a população de baixa renda dizia.
Na época foi divulgado que o investimento seria de R$ 40 milhões, mas nada aconteceu. A Fecomércio deu para trás.
O DF estaria bem mais preparado para o combate ao coronavírus caso a promessa feita fosse cumprida. Da reunião, só ficaram as fotografias em que Chico Maia, presidente da entidade, posa como salvador da pátria.
Agora quem ficou mal na foto foi a própria Fecomércio ao negar ajudar a quem mais precisa.