O gramado em frente ao Congresso Nacional foi palco de manifestações que terminaram com tiros, duas pessoas presas e parlamentares atingidos por spray de pimenta, na tarde desta quarta-feira 18, enquanto deputados e senadores votavam os vetos presidenciais.
s seguidos confrontos que podem terminar em tragédia levou o Governo de Brasília a tomar providencias pela retirada de todos os manifestantes acampados, há meses, na frente do Congresso Nacional. Em nota o governo ressalta preocupações:
Nota oficial
“O governo de Brasília permitiu a permanência dos manifestantes na Esplanada dos Ministérios em respeito à liberdade de expressão e de manifestação. Em função dos conflitos na tarde dessa quarta-feira (18) e da possibilidade de novos confrontos entre eles, é inadequado que continuem no local.
O governo de Brasília esclarece que é de sua responsabilidade a área que fica acima da Alameda das Bandeiras na Esplanada dos Ministérios. No gramado abaixo da alameda, em frente ao espelho d´água do Congresso Nacional, o governo só pode atuar se for solicitado pelos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, como prevê o Ato Conjunto 1/2001. Até o momento, nenhuma solicitação formal de desocupação foi feita.
O governo de Brasília alerta para o risco iminente de conflitos de graves consequências. Para evitar novos confrontos, o governo entende que todos os grupos de manifestantes devem ser retirados das duas áreas conjuntamente. Assim, o governador Rodrigo Rollemberg está em contato com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal em busca de um entendimento para que a ação de desocupação de toda a área ocorra o mais rápido possível”.
O PAU COMEU NA ESPLANADA
A primeira confusão aconteceu durante a passagem da Marcha das Mulheres Negras pelo Congresso, quando integrantes do ato entraram em confronto com manifestantes que pedem a intervenção militar no País acampados no gramado do canteiro central da Esplanada dos Ministérios.
Os intervencionistas acusaram os integrantes da marcha de destruírem barracas e o boneco inflável gigante do general Antonio Hamilton Martins Mourão. Membros da passeata, por sua vez, acusaram os intervencionistas de atirar e jogar bombinhas nos integrantes do ato.
Segundo o major da PM Juliano Farias, o homem que atirou foi o mesmo que foi preso na noite da última quinta-feira (12) com um revólver e armas brancas escondidas em seu carro. O policial reformado Jorge Luiz Damasceno Vidal foi detido novamente pela PM encaminhado à delegacia. Farias afirmou à reportagem não saber por que o policial aposentado foi solto pelo 5º DP após ser preso na quinta-feira. De acordo com o comandante da operação, a PM encaminhará ofício ao Ministério Público questionando os motivos para a soltura.
SPRAY DE PIMENTA NA CARA DO DEPUTADO
O major explicou ainda que, para evitar o contato corporal com os manifestantes, a polícia teve de usar spray de pimenta para dispersar a confusão. O spray também atingiu jornalistas e deputados que foram ao protesto para averiguar o que estava acontecendo, entre eles, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS). VEJA VIDEO DA CONFUSÃO:
Postado por Radar