O governo do Distrito Federal não precisa ter residência oficial onde se gasta milhões de reais todos os anos na compra de iguarias que servem para alimentar o governador, seus parentes e autoridades que frequentam a residência, além de um staff de 70 funcionários como sempre ocorreu em governos passados.
A opinião é do deputado distrital Rodrigo Delmasso (PTN) ao sugerir ao governador Rodrigo Rollemberg, através de uma indicação, que venda a Casa Oficial do governador, em Águas Claras.
O governo do Distrito Federal não precisa ter residência oficial onde se gasta milhões de reais todos os anos na compra de iguarias que servem para alimentar ao governador, seus parentes e autoridades que frequentam a residência, além de um staff de 70 funcionários como sempre ocorreu em governos passados.
A opinião é do deputado distrital Rodrigo Delmasso (PTN) ao sugerir ao governador Rodrigo Rollemberg, através de uma indicação, que venda a Casa Oficial do governador, em Águas Claras.
“Se o principal objetivo do governador Rollemberg é fazer um governo austero, com cortes aos gastos público, é de fundamental importância que o GDF se desfaça da casa da mordomia, bem como dos 677 veículos que servem secretários de estados e diretores de autarquias”, completou Delmasso.
Mordomia para nababos
O deputado, que é vice-presidente da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle da Câmara Legislativa, criticou o fato do ex-governador Agnelo Queiroz ter feito uma compra de alimentos no valor de R$ 2,49 milhões para abastecer a residência oficial, em Águas Claras, ao longo deste ano. Ele também criticou o fato do GDF pagar caros aluguéis de veículos para funcionários e gasolina subsidiada.
A lista, elaborada no final da gestão do ex-governador, incluía 34 toneladas de frutas, 30 toneladas de frango e carne vermelha e 6 toneladas de peixes,
Os 240 kg de bacalhau estava contado no valor de R$ 23,2 mil (o equivalente a R$ 97 o quilo),, os 390 kg de camarão, por R$ 61 mil (R$ 156 o quilo). Para sobremesa, 180 unidades de goiabada (R$ 1 mil), 1.440 latas de leite condensado (R$ 3,9 mil), 456 unidades de doce de leite (R$ 4 mil) e 684 potes de sorvete (R$ 11,8 mil). A compra foi cancelada pelo atual governo.
Em 2014 a mesa do ex-governador Agnelo foi reorçada com 21 toneladas de carne, como filé mignon, picanha, coxão mole, camarão grande, médio, sem cabeça, bacalhau do porto, pato, hambúrguer, badejo, atum e filhote em postas. Também foram comprados 360 caixas de ovos de codorna, cada uma com 30 unidades, 312 pacotes de canela em pau, tapioca, iogurte natural e cremoso e todo tipo de alimentos, num total de 464 itens.
A comilança continua
A Casa Civil informou nesta quarta-feira que a residência oficial não precisou ser reabastecida e que os seus ilustres ocupantes estão consumindo produtos comprados ainda no ano passado pelo ex-governador Agnelo Queiroz. O órgão disse que a coordenação da residência oficial está fazendo levantamento dos quantitativos necessários. Somente depois, haverá novo processo licitatório.
Para o deputado Delmasso, o governador Rodrigo Rollemberg não precisa morar na casa oficial que historicamente tem servido apenas para alimentar a mordomia sem limites aos que tem o privilegio de frequentá-la.
Muitos funcionários para manter a mordomia
Ele apontou que um grande contingente de funcionários que trabalha na manutenção da casa oficial do governador e um batalhão de policiais que faz a segurança deveriam ser utilizados em outros setores do GDF para servirem a população.
“O governador mora no Lago Sul e gasta menos de 15 minutos para chegar ao Buriti. Alem do mais, a residência oficial, é um gasto desnecessário em que neste momento de crise seria mais econômico, austero e transparente para o governo se colocasse esse imóvel a venda como tem feito inúmeros governadores de outros estados”, sugere o parlamentar.