A manutenção da RA XXVII e a liberação de alvarás para construção e funcionamento do comércio foram as duas reivindicações mais ouvidas pelo administrador do Lago Sul, Aldenir Paraguassu, durante reunião que fez com dirigentes de entidades representativas e síndicos da região do Jardim Botânico.
Embora não aceitando a fusão permanente com o Lago Sul ou a extinção da RA XXVII, as lideranças decidiram colaborar com o administrador interino, no sentido de equacionar as demandas pontuais da cidade.
A manutenção da RA XXVII e a liberação de alvarás para construção e funcionamento do comércio foram as duas reivindicações mais ouvidas pelo administrador do Lago Sul, Aldenir Paraguassu, durante reunião que fez com dirigentes de entidades representativas e síndicos da região do Jardim Botânico.
Embora não aceitando a fusão permanente com o Lago Sul ou a extinção da RA XXVII, as lideranças decidiram colaborar com o administrador interino, no sentido de equacionar as demandas pontuais da cidade.
Integrantes das organizações civis também formaram uma comissão para atuar junto ao administrador regional, com o intuito de fiscalizar e oferecer consultas e ser os olhos e ouvidos da população.
GDF desleixado
A Região Administrativa do Jardim Botânico foi criada por lei há mais de dez anos. No entanto, os governadores que passaram pelo Buriti durante este período nunca fizeram nada pela região onde moram atualmente 75 mil pessoas. A região, de acordo com a poligonal definida pela Secretaria de Habitação, em 2010, compreende o Altiplano Leste, Setor São Bartolomeu, Jardim Botânico, Setor Habitacional Tororó, englobando todos os condomínios da DF 140 até a divisa com o ABC da Cidade Ocidental.
Áreas para a implantação dos equipamentos públicos como escolas, creches, hospitais, corpo de bombeiros, polícia militar, delegacias de polícia, bem como a sede própria da RA XXVII, existem e estão disponíveis ao GDF, mas o governo prefere pagar aluguel em um shopping, onde funciona atualmente a administração do Jardim Botânico.
Sem ter equipe técnica suficiente para tocar as duas administrações regionais (Lago Sul e Jardim Botânico), o administrador Paraguassu foi buscar o apoio de lideranças comunitárias para dividir o peso da responsabilidade.
Equívoco do governo
No jardim Botânico, encontrou dirigentes dispostos a ajudar na condução das demandas prioritárias da cidade, mas que cobram também a contrapartida: querem que Aldenir Paraguassu informe ao governo que o Jardim Botânico merece ter a sua própria administração e que é um equívoco a medida de fusão da RA XXVII ao Lago Sul ou extinguir a regional, como deseja o governador. A discordância é geral.
A falta de alvarás para construção ou “habite-se” tem sido o maior problema para quem adquiriu um lote no Jardim Botânico III. Cerca de 600 proprietários, que compraram o imóvel diretamente da Terracap e que tiveram um prazo de 70 meses para construir, não conseguem fazê-lo porque o governo se nega a emitir o documento autorizativo.
“É um contrasenso a Terracap nos vender um imóvel e não permitir que a gente construa,” reclama o Presidente da Associação dos Moradores do Jardim Botânico III, Ilton Junior, que foi obrigado a fazer uma representação na justiça contra a Terracap.
Atendimento complicado
As demandas às análises de documentos referentes aos condomínios e às atividades comerciais do Jardim Botânico são enormes e o atendimento ficará mais complicado ainda ao se somar as demandas dos mais de 600 processos pertencentes ao Lago Sul, parados desde o início do novo governo por falta de técnicos da área, cujo número é insuficiente para atender a população das duas cidades.
O esforço feito pelo administrador Paraguassu de se aproximar das entidades representativas tem o objetivo de por em prática a iniciativa do governo que deve regulamentar os Conselhos de Representantes Comunitários. Os Conselhos não têm a função de deliberar, mas terão o poder de fiscalizar e oferecer consultas. Os grupos serão formados por representantes reconhecidos em cada Região Administrativa. A ideia é bem vista pela ampla maioria das entidades representativas da região do Jardim Botânico.
“Brasil vive apagão de gestão”, afirma governador do Distrito Federal
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), critica a qualidade da gestão do poder público no Brasil. Segundo ele, o país vive, em diversas esferas, um “apagão de gestão”. Com pouco mais de um mês de mandato, o socialista afirma que a situação deixada por seu antecessor, Agnelo Queiroz (PT), é tão crítica que hoje sua administração não pode fazer nenhum tipo de contratação, por estar no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Apesar do quadro crítico, ele afirma acreditar que o Brasil vive uma mudança e que os gestores públicos começarão a ser punidos pelas irregularidades que vierem a cometer.
Marina Silva
Sobre o futuro de Marina Silva no PSB, Rollemberg afirmou acreditar que a ex-senadora deverá mesmo deixar o partido, mas que tem esperanças de que a Rede e os socialistas serão parceiros estratégicos. “O que tenho impressão que vai acontecer é que a Rede será constituída e será uma grande parceira, uma grande aliada política do PSB”, opinou o governador do Distrito Federal.
Fonte: IG Brasília