Cerca de 50 Ações de Reconhecimento Cível devem começar a tramitar nos próximos dias nas varas do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios contra o governador Rodrigo Sobral Rollemberg e contra o superintendente de Estudos, Programas, Monitoramento e Educação Ambiental do Instituto Brasília Ambiental – IBRAM, Luiz Rios.
Nas ações individuais os autores pedem que a o Poder Judiciário obrigue o governador a nominar, entre os 30 mil moradores do Lago Sul, quem são os ladrões, conforme afirmativas do servidor do IBRAM feitas durante uma palestra proferida a estudantes da UNB na quinta-feira passada. Luiz Rios estava investido no cargo de agente do Estado e representava o governador no evento. Relembre Aqui.
Cópias da gravação em áudio de dois minutos em que o superintendente do IBRAM, Luiz Rios afirma que: “O povo do Lago é rico, tem dinheiro, mais não está satisfeito: Tem que roubar mais”, encontram-se anexadas nas petições.
Outras provas documentais de que o governo Rollemberg vem praticando uma política difamante, mentirosa e odienta contra os moradores do Lago Sul também estão embutidas nas reclamações feitas a justiça.
Há provas documentais ainda, em que aparece a presidente do Ibram, Jane Vilas Boas, no meio de dezenas de banhistas do Paranoá, disseminando a discórdia por meio do discurso do ódio contra a população do Lago Sul, denominada por ela como “a burguesia”.
O falso apartheid criado pela turma do Rollemberg
“O Governo Rollemberg está trilhando por um viés muito perigoso ao tentar inventar um falso apartheid de segregação social entre o que ele classifica de ricos e pobres apenas para justificar a sua incompetência de enfrentar os problemas que o DF tem”, reagiu Roberto Eduardo Gifonni,, ex-Corregedor Geral do Distrito Federal e membro do Movimento S.O.S Lago.
Ao Radar ele disse que nunca existiu esse tipo de preconceito abominável entre os moradores do Lago Sul e que essa postura do governo é inaceitável e criminosa. Gifonni destacou que o SOS Lago tem objetivo de lutar pela tranquilidade no bairro e resgatar a preservação ambiental que o lago Paranoá perdeu com as nefastas ações desordenadas desse governo.
“O governo erra em tudo, inclusive ao acreditar que os moradores do Lago Sul não tinham a capacidade de se mobilizar politicamente e tomar lado e posições. Estamos mostrando que esse movimento é pra valer”, revelou Gifonni.
E tem razão no que diz o ex-corregedor do GDF ao apontar que, em apenas dez meses no poder, Rodrigo Rollemberg se afastou da comunidade e dos servidores públicos de onde arrancou a sua maior fatia de votos nas eleições passadas. Diz ainda Roberto Eduardo Gifonni que o chamado “Governo de Brasília” tem uma equipe altamente tecnocrata que não dialoga e não entende de gestão.
“Não podemos acreditar que uma unidade da federação como é Brasília, com 36 bilhões de reais no orçamento, tenha que cair neste discurso fácil da falta de dinheiro e ainda tem que se submeter a uma alta carga tributaria. Esse governo Rollemberg é um grande paquiderme que anda para trás e não consegue atender os anseios da comunidade”, define Gifonni.
No resumo da opera é como diz um empresário: Na campanha, Rollemberg não tinha nada e dizia que podia fazer tudo. Agora, no governo, ele tem tudo e não consegue fazer nada.
Da Redação Radar