Faltando 51 dias para a eleição da OAB-DF, o pré-candidato Guilherme Campelo, líder da chapa “InovOAB”, não tem dúvida que a jovem advocacia do Distrito Federal, que forma a ampla maioria dos 30 mil advogados, aptos a votar no próximo dia 21 de novembro, derrotará a “velha Ordem”.
Ele afirmou que no pleito passado, mais de 12 mil advogados deixaram de votar por não haver opção de mudanças significativas, em razão de ser os mesmos grupos que se alternam entre si no comando da OAB-DF, nos últimos 18 anos.
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“A velha Ordem só muda na composição dos seus medalhões, mas a oligarquia é a mesma. Eles, cada vez mais prósperos, enquanto a maioria dos advogados, que sustenta tudo isso, fica cada vez mais com o seus direitos violados”, disse Guilherme Campelo ao RadarDF.
O pré-candidato afirmou haver um sentimento forte em meio a classe com desejo de mudança, que exige uma Ordem para todos; “que seja um bem da sociedade do DF e não apenas um biombo político para servir alguns”.
Campelo disse estar andando pelas 13 subseções do DF onde o sentimento de indignação é visível.
Ele disse que nos últimos 18 anos, os dois grupos que se alternam no poder, transformaram a instituição, que deveria ser do Distrito Federal, em uma OAB do Plano Piloto.
“Decretaram uma espécie de apartheid onde, de um lado, uma minoria dominante é detentora das grandes bancas e do outro, estar a maioria, que se resume em pequenos escritórios sem chance de crescer. Chegou a hora de acabar com isso. A ordem tem que ser igual para todos”, afirmou.
A situação de abandono dos advogados que atinge a classe no DF, segundo o líder da chapa InovOAB, ficou bem mais dramática e acentuada neste período de pandemia.
“Sem ter como trabalhar, os advogados e advogadas, principalmente os de início de carreira tiveram que fechar seus escritórios ou sequer conseguiram montar um por falta de condições financeiras”.
A mesma opinião foi externada pelo advogado Carlos Araújo, ouvido pelo RadarDF.
Segundo ele, os advogados, atingidos pela falta de clientes, tiveram que entrar na fila para receber cesta básica, desde que tivessem com as suas anuidades em dia.
“Ora, como pagar uma anuidade de R$ 850 reais para ter uma cesta básica de R$40 reais? Foi humilhante. Quem apanha não esquece”, disse.
Araújo acrescentou ainda:
“É isso que a atual direção da OAB-DF, está fazendo com a classe, humilhando ao demandar ações na justiça, para obrigar os advogados a pagar a anuidade, no momento mais difíceis de suas vidas. No entanto, a instituição que arrecada mais de R$32 milhões por ano, segue torrando o dinheiro sabe-se lá com que, e nega informações àqueles que a sustenta. O movimento InovOAB é base desse sentimento de repulsa contra a velha Ordem. O movimento InovOAB tem o compromisso de devolver no próximo dia 21 de novembro a OAB para o advogados”, pontuou.