No Distrito Federal, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) registra uma ocorrência de choque elétrico a cada 38h. Em 2022, a Corporação realizou 218 atendimentos. Até outubro foram registradas sete internações de vítimas por descarga elétrica.
Foram 12 óbitos em novembro e os casos com trabalhadores são comuns. O diretor executivo da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), o engenheiro eletricista Edson Martinho explica que as quedas de fios são mais comuns em períodos chuvosos.
“É mais comum, principalmente, em épocas de tempestades, chuvas fortes e ventanias. Na maioria dos casos, impulsionados por pipas com cerol que cortam os cabos do fio, os quais ficam vulneráveis. Quando acontece a ventania, tempestade, queda de árvore, acaba tocando na rede e ela caí”, explica o especialista.
Ele ainda ressalta que os acidentes com rede de distribuição, hoje, são a maior causa. A segunda maior é dentro de casa, com pintores, pedreiros ou instaladores de internet, por exemplo.
Segundo o diretor da Abracopel, o caso mais recente aconteceu nessa quinta-feira (15), quando um homem de 31 anos precisou ser socorrido depois de ser eletrocutado às margens da EPIA, próximo a rodoviária interestadual. A vítima sofreu queimaduras em diversas partes do corpo.
O funcionário estava em cima de uma escada enquanto realizava manutenção na rede de internet em um poste, quando tocou acidentalmente em um cabo de energia e recebeu a descarga elétrica. O Equipamento de Proteção Individual (EPI) que usava o impediu de cair.
Após ser socorrido, o homem foi encaminhado ao Hospital de Base consciente, orientado e com queimaduras de 1º e 2º grau.