Três cidades que ficam em volta do presídio federal no complexo da Papuda, onde se encontra preso Marcos Camacho, o Marcola, pode ser as áreas preferidas para se instalar os criminosos ligados ao PCC. O governador Ibaneis Rocha (MDB), reclama da presença do bandido apontado como líder do Primeiro Comando da Capital. Já o ministro da Justiça Sérgio Moro diz que Marcola fica preso em Brasília
Por Toni Duarte//RADAR-DF
O bandido mais perigoso do país, Marcos Camacho, o Marcola, mesmo preso em um presídio federal de segurança máxima, continua provocando enormes gastos para os cofres públicos para mantê-lo na prisão; queda de braço entre governadores e autoridades do governo federal, além de trazer o terror e o medo as populações que ficam nas proximidades dos presídios.
Desde a transferência do bandido e de mais 15 comparsas ligados a sua facção criminosa, para o presídio federal, recém-inaugurado no complexo penitenciário da Papuda, que aumentaram os ataques a caixas eletrônicos em localidades próximas aos Poderes da República.
O serviço de inteligência da Policia Civil do Distrito Federal sabe do tamanho do poder de fogo e da estrutura que custou mais de 10 milhões de dólares que acompanha Marcola aonde esteja preso pelos seus seguidores que estão fora das prisões.
No mês de fevereiro o bandidaço teve que ser transferido duas vezes. A primeira de um Presidio Estadual de Presidente Venceslau, em São Paulo, para o presídio federal de Rondônia em Porto Velho.
O motivo da transferência foi um plano de fuga detectado a tempo pelo Núcleo de Inteligência da polícia paulista.
O plano previa o uso de helicópteros, aviões, lança foguetes, granadas e explosivos de alto poder de destruição.
De acordo com as investigações, o grupo para libertar Marcola da prisão é formado por “grande número de homens” treinados em fazendas na Bolívia, “originários de várias nacionalidades”, incluindo soldados “com expertise no manuseio de armamento pesado e explosivos”.
Eles possuem ainda veículos blindados, como SUVs e caminhonetes e armamentos como metralhadoras calibre .50.
Todo esse conjunto de informações encheu de preocupações o governador do DF Ibaneis Rocha que reagiu contra a transferência de Marcos Willians Herbas Camacho para o presidio federal de Brasília.
Na última sexta-feira a bancada de deputados federais e senadores esteve com o ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro. Apesar de ter ouvido os apelos dos parlamentares, Moro deixou claro que Marcola fica preso em Brasília.
Moro também não disse de que forma o Ministério da Justiça irá ajudar as forças policiais do Distrito Federal na aquisição de armamentos de guerra, os mesmo utilizados pelos mercenários internacionais contratados pela facção criminosa de Marcola.
Tanto a Policia Militar como a Policia Civil, conforme um levantamento feito pelo Radar nesta manha de terça-feira (02/04), não possuem metralhadoras calibre .50, capazes de derrubar aeronaves e metralhadoras MAG 7.62, também de grande poder de destruição por funcionar em modo de rajada de disparos.
O uso dessas armas e o treinamento tem que ser autorizado pelo Exército.
Enquanto o bandido fica preso no presidio federal do complexo da Papuda, cidades como Jardim Botânico, Jardins Mangueiral e São Sebastião viram alvo de um possível ataque para libertar Marcola.
Por se localizarem mais próximas do presídio, as cidades servirão também de estalagens da estrutura do Primeiro Comando da Capital. O governador está preocupado e o povo mais ainda.