O ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) deixou na noite desta quinta-feira (13) o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, informou a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Após ser informado sobre a falta de tornozeleiras eletrônicas no Distrito Federar, o que impediria a transferência de Geddel para Salvador (BA), onde o ex-ministro mora, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), determinou que o peemedebista fosse solto assim mesmo
Um dos principais conselheiros políticos do presidente Michel Temer, Geddel foi preso pela Polícia Federal no último dia 3 suspeito de tentar interferir nas investigações da Operação Cui Bono, que apura fraudes na liberação de crédito da Caixa Econômica Federal – o ex-ministro foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa entre 2011 e 2013, no governo Dilma Rousseff.
Nesta quarta (12), o desembargador Ney Bello do TRF-1, com sede em Brasília, autorizou Geddel a deixar a Papuda para cumprir prisão domiciliar. Segundo o desembargador, não havia justificativa “plausível” para a prisão preventiva de Geddel, e que uma demora resultaria em “limitação irreversível” à liberdade do ex-ministro.
“Não há fatos nem dados concretos donde se possa inferir que o paciente [Geddel] usa sua força política para interferir nas investigações. Seria necessário demonstrar, ou ao menos citar alguns fatos”, escreveu o desembargador na decisão.