Várias secretarias estaduais de saúde são alvo de investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal em decorrência de supostos indícios de corrupção e superfaturamento na aquisição de materiais para o combate ao coronavírus no país.
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No final de abril o Governo do Brasil destinou mais R$ 9,4 bilhões para fortalecer a rede pública de saúde no enfrentamento ao coronavírus (Covid-19).
No mês anterior, já havia destinado R$ 5 bilhões. No total foram injetados R$ 14,3 bilhões de incremento ao orçamento da saúde destinados exclusivamente para o combate à doença.
No entanto, as compras emergências têm se transformado em farras de preços superfaturados, corrupção e pagamento adiantado na compra de equipamentos imprestáveis da China.
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No Pará, foram adquiridos respiradores e bombas de infusão que não funcionam. Amazonas, São Paulo, Mato Grosso e Santa Catarina tem investigações em curso.
Há suspeita de corrupção na aquisição de materiais hospitalares. Em Belém, a denúncia foi feita por uma força-tarefa formada pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual.
Na sexta-feira passada, um empresário que intermediou a compra, foi preso pela PF, graças a um mandado expedido pela Justiça do Rio de Janeiro, onde ele também realizou vendas de equipamentos hospitalares.
O governo paraense comprou respiradores que custaram a unidade 126 mil reais. Minas Gerais comprou os mesmos respiradores, em caráter emergencial, a 58 mil reais, e a prefeitura do Rio de Janeiro, R$ 48 mil.
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Em Santa Catarina, um secretário do governo foi demitido após denúncias de irregularidades na compra emergencial de respiradores.
Douglas Borba, chefe da Casa Civil, teria indicado a empresa Veigamed para a compra de ventiladores pulmonares que está sob suspeita ao custo de R$ 33 milhões pagos de forma antecipada.
A rota das investigações também passam por São Paulo. O MP estadual abriu investigação em cima de um contrato milionário de US$ 100 milhões (cerca de R$ 574 milhões) pela compra de 3 mil respiradores da China.
Até agora, menos de 200 respiradores foram entregues, embora a China tenha recebido todo o dinheiro.
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