|Por Toni Duarte||RADAR-DF
O presidente Jair Bolsonaro estaria inclinado a substituir o ministro da Educação Abraham Weintraub pelo senador brasiliense e vice-líder do governo Izalci Lucas (PSDB). A especulação fez com que a deputada federal Bia Kicis do Distrito Federal reagisse se movimentando em uma campanha pela manutenção do atual ministro que perde apoio e se enfraquece dentro do governo. A manifestação de Bia, nas redes sociais, sugere uma espécie de “veto branco” da deputada bolsonarista ao nome do senador tucano.
É cada vez insustentável a permanência do ministro da Educação Abraham Weintraub desde que ele reconheceu que houve erro nas correções de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e no vazamento da lista do Sisu.
A avalanche de reclamações e a pressão pela sua demissão fez cair por terra o estilo autoconfiante de outrora e tem passado boa parte do tempo na busca de apoio para continuar no cargo.
O seu principal porto seguro era o ex-todo poderoso ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni que também está sem força no governo após a demissão do o ex-número dois da Casa Civil, José Vicente Santini.
Enquanto a gestão de Abraham Weintraub no MEC segue alvo de críticas, apostas para a mudança do ministro ganham força mais dentro do que fora do governo.
Os generais Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos estão no time dos governistas que acham que já é hora de o ministro deixar a pasta.
O nome mais especulado no Planalto é o nome do senador Izalci Lucas para ocupar o lugar de Weintraub. Izalci não diz nada, apenas gosta da especulação.
Caso o tucano assuma a pasta, será aberta uma vaga para o primeiro suplente Luís Felipe Belmonte, o segundo vice-presidente do Aliança pelo Brasil, partido de Jair Bolsonaro. Luís Felipe Belmonte torce para que isso aconteça para ele virar senador.
Não é a primeira vez que Izalci Lucas tem o seu nome cotado para o MEC do presidente Bolsonaro.
Em março do ano passado, com a queda do ex-ministro Ricardo Vélez Rodríguez da pasta, o senador brasiliense quase vira ministro.
Vélez caiu por ter se virado contra o seu criador Olavo de Carvalho, escritor com grande influência no governo Bolsonaro e que havia bancado sua indicação para o ministério.
A deputada federal Bia Kicis-DF iniciou esta semana uma campanha pela permanência de Weintraub, mesmo com todos os desastres ocorridos durante a sua gestão no MEC.
A posição de Bia, nesta direção, sugere uma espécie de veto camuflado ao nome do vice-líder do Governo Izalci Lucas que prefere permanecer em silêncio.
Izalci não é um nome qualquer quando se trata da área de educação. O “Cheque Educação”, idealizado por Izalci, virou Prouni pelas mãos do então ministro Aloísio Mercadante (PT).
Se for da vontade do presidente da República, o hoje tucano será ministro da Educação, desde que ele deixe o PSDB e vá para a Aliança pelo Brasil é contrapartida. Resta saber se o tucano também topa.