Investigações iniciais feitas pela Polícia federal podem concluir que os supostos hackers, presos na terça-feira (23), estariam focados em rackear os telefones dos principais membros do governo Bolsonaro. Além do ministro da Justiça Sergio Moro, o celular do ministro da economia Paulo Guedes também sofreu invasão
O perito criminal federal Luiz Spricigo Jr, diretor do Instituto Nacional de Criminalística, afirmou nesta quarta-feira (24) que o celular de um dos presos na Operação Spoofing estava vinculado “com o nome Paulo Guedes”.
A Polícia Federal investiga uma suposta invasão no aparelho do ministro da Economia, cujo celular teria sido hackeado na noite de segunda-feira (22).
“No momento da busca e apreensão, no celular do indivíduo estava uma conta no aplicativo de mensagens vinculada com o nome Paulo Guedes. A gente tem que confirmar isso de forma pericial, mas é um forte indicativo de que a conta seja mesmo realmente a do ministro”, afirmou Luiz Spricigo Jr.
O advogado de um dos suspeitos de hackear o celular do ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou nesta quarta-feira (24) que, segundo seu cliente, o objetivo de Walter Delgatti Neto, outro envolvido no caso, era vender o conteúdo das mensagens interceptadas ao Partido dos Trabalhadores.
As declarações foram dadas por Ariovaldo Moreira, defensor de Gustavo Henrique Elias Santos e de sua mulher, Suelen Oliveira —ambos em prisão temporária no âmbito da Operação Spoofing. Delgatti também está detido.
A Polícia Federal informou, que os presos teriam invadidos aproximadamente mil telefones celulares e participaram de fraudes bancárias. Na casa de um deles, foram apreendidos R$ 99 mil em dinheiro vivo.