O governo pode autorizar o saque anual de cotas ativas e inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A decisão partiu da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes. O grupo decidiu apresentar como proposta ao presidente Jair Bolsonaro a autorização para que o trabalhador faça saque anual do benefício.
Caso seja aprovada, a cada ano, no mês de aniversário, o trabalhador poderia sacar um percentual do saldo de suas contas.
A proposta ganhou mais força dentro da equipe econômica e tem expectativa ser anunciada nesta quarta-feira, 24 de julho, pelo presidente da República.
As outras propostas era: liberar um saque apenas de contas ativas e inativas ou somente das inativas, o que teria efeito na economia somente neste ano.
“A diferença da nossa proposta em relação à do ex-presidente Temer é que nossa ideia é liberar saques a cada ano, uma espécie de 14º salário. Vamos devolver ao trabalhador o que é do trabalhador”, disse assessor da equipe econômica. Segundo ele, seria criada uma nova modalidade de saque, a 20ª, para dar “uma nova oportunidade de acesso ao FGTS”.
O saque seria opcional. Se o trabalhador optar por isso, terá de abrir mão de fazer o saque de fundo no caso de deixar a empresa, uma forma de evitar estímulos a demissões.
De acordo com um assessor do Ministério da Economia, o percentual de saque a ser autorizado vai depender do saldo da conta de FGTS. “Quem tem menos vai poder tirar, proporcionalmente, mais. Quem tem mais no fundo vai tirar menos”, disse.