Em menos de 24 horas, o presidente Michel Temer perdeu dois assessores importantes do seu núcleo mais próximo no Palácio do Planalto. Tadeu Filippelli foi exonerado nesta terça-feira (23) após ser preso pela Polícia Federal (PF) acusado de envolvimento no esquema de superfaturamento das obras do estádio Mané Garrincha, em Brasília. No mesmo dia, o empresário e ex-deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) – importante articulador do presidente no Congresso Nacional – entregou uma carta a Temer pedindo demissão.
illipelli foi preso pela Operação Panatenaico para não atrapalhar as investigações sobre o suposto pagamento de propina e superfaturamento na construção do Mané Garrincha. A operação se baseou nas delações premiadas dos executivos da Andrade Gutierrez à Lava Jato.
Já Mabel é investigado pelo Ministério Público Federal por suspeita de ter recebido caixa 2 da construtora Odebrecht. A Procuradoria da República em Goiás – estado que é a base eleitoral de Mabel – requisitou, na semana passada, a instauração de um inquérito policial para apurar supostos pagamentos ilícitos feitos, nas eleições de 2010, por ex-executivos da construtora a Mabel.
Além de Filippelli e Mabel, Temer perdeu, nos últimos meses, o amigo e assessor José Yunes – citado na delação de um dos ex-dirigentes da Odebrecht – e, mais recentemente, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
Postado por Radar
Você precisa fazer login para comentar.