Depois da fotografia publicada pelo site O Antagonista, em que mostra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em conversa de pé de orelha, escondido dentro de um barzinho, em Brasília com Pierpaolo Bottini, advogado de Joesley Batista, levou a CPI do Senado, criada para investigar a JBS e J&F, a suspeitar do envolvimento do procurador no caso que vai além de uma relação institucional
A imagem, publicada pelo site, mostra Janot de óculos escuros sentado em uma mesa no canto do bar, ao lado de caixas de cerveja. Ele é acompanhado por Bottini e estão conversando. Há apenas um copo de cerveja sobre a mesa.
“Queremos de imediato ouvir os irmãos Wesley e Joesley Batista, o Ministério Público (MP) e o Judiciário, afirmou o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), parlamentar que propôs a criação da comissão e que deve presidir o colegiado.
Quando questionado sobre quem seriam os representantes do STF e MP a ser convocados, o senador não apontou nomes, mas deu sinalizações claras. “Quem pediu a homologação e quem homologou a delação”, afirmou. Relator da Lava Jato, o ministro Edson Fachin é o responsável pela homologação das delações premiadas. Como procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é o líder das investigações.
O senador Ataídes Oliveira afirmou que já tem os requerimentos de convocação prontos e deve apresentá-los tão logo a CPI seja instalada. A CPI da JBS será um colegiado composto por 16 senadores e 16 deputados. Ainda na fase de indicação de membros, a previsão é que a comissão seja instalada na próxima quarta-feira.