Numa decisão radical anunciada neste domingo, o governo da Espanha decidiu “hibernar” sua economia e paralisando praticamente toda a produção industrial pelo menos até o dia 9 de abril.
A decisão foi tomada depois que o país registrou 838 mortes nas últimas 24 horas e admitiu que prevê uma explosão de internações nos próximos dias.
No total, já são 6,5 mil mortos e 76 mil casos confirmados. Hoje, Espanha e Itália representam metade das mortes no mundo.
Na Itália, foram 756 mortes em 24 horas, elevando o total para 10,7 mil vítimas. O temor é de que o sistema público de saúde entre em colapso. Das 17 regiões autônomas da Espanha, seis já estão com todas suas UTIs lotadas.
Por dias, os presidentes das regiões apelavam ao governo central para endurecer as medidas de restrição, entre eles a Catalunha e Murcia. Andaluzia, Aragão, Castilla-La Mancha e Comunidade Valenciana sugeriam restrições ao movimento das pessoas.
Com dois dias seguidos de mais de 800 mortos, o governo central teve de acatar o apelo. Para a Ministra de Finanças, María Jesús Montero, as novas restrições adotadas pelo governo tem como meta “contribuir para que nosso sistema produtivo entre em uma espécie de hibernação”.
O governo garante que, para o momento pós-pandemia, bilhões de euros serão injetados para tentar socorrer as empresas.