Carlos Bolsonaro usou a sua conta no Twitter para publicar uma lista dos 10 jatinhos mais caros financiados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A lista é liderada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que pretende disputar a Presidência da República em 2022.
A relação segue com algumas empresas como JBS, Neo Táxi Aéreo, Construtora Estrutural, lojas Riachuelo, Eurofarma Laboratórios, entre outras.
A compra de jatinhos da Embraer engloba banqueiros, empresários, advogados e artistas. Entre 2009 e 2014, o banco liberou R$ 1,9 bilhão para 134 operações de crédito a juros subsidiados, que variaram de 2,5% a 8,7% ao ano.
A área técnica do BNDES calcula em R$ 700 milhões o prejuízo com o programa.
Está na relação do BNDES o empresário Mario Celso Lopes, ex-sócio dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que também se aproveitaram da política adotada pelos governos Lula e Dilma.
MCL, como é conhecido, foi alvo da Operação Greenfield, que investiga o financiamento do BNDES à Eldorado Celulose. Entre 2010 e 2012, ele adquiriu duas aeronaves da Embraer a juros subsidiados.
Outro beneficiário foi o empresário Artur Figueiredo, diretor de fundos da corretora Planner, também investigada na Greenfield.
Aproveitaram o programa do BNDES o advogado Pedro H. Xavier, que defendeu o ex-diretor da Galvão Engenharia Erton Medeiros, e o doleiro Carlos Habib Chater, parceiro de Alberto Youssef e dono do Posto da Torre, marco zero da Lava Jato.
O BNDES financiou ainda os jatinhos de Wilson Quintella, da Estre Ambiental, outro preso na Lava Jato, e de Valdir Piran, da Piran Participações, detido na Operação Ararath, que revelou esquema de mensalinho na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Na longa lista de empréstimos para a compra de aeronaves consta também a Confederal Vigilância, do ex-senador Eunício Oliveira.
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