Sem querer entrar no mérito das questões internas do governo do DF, que conseguiu aprovar nesta terça-feira (20), na Câmara Legislativa, o projeto que transforma o Hospital de Base em Instituto para ser gerido por uma organização social, o médico e senador pelo Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) disse que as OSs vêm sendo utilizadas no setor da saúde para desviar recursos públicos e abastecer “caixa dois” de campanhas políticas. “Foi isso, por exemplo, que aconteceu em Goiás”, disse ele
Por Toni Duarte
Durante uma entrevista coletiva concedida a blogueiros de Brasília, ligados a ABBP (Associação Brasiliense de Blogueiros de Política), o senador Ronaldo Caiado, pré-candidato ao governo do Goiás no ano que vem, disse que não optaria pelas organizações sociais para gerirem o sistema de saúde em um eventual governo seu.
Ao Radar ele afirmou que não gosta de generalizar em uma resposta ou taxar qualquer segmento de ser 100% desqualificado ou sem condições morais e éticas de assumir uma posição.
“Infelizmente estamos assistindo em vários pontos do país, onde as pessoas estão utilizando essa estrutura para mostrar a sociedade em que alguns hospitais estão funcionando dentro de um padrão de qualidade só que o custo por paciente e o resultado diante da demanda mostra que o dinheiro não foi 100% aplicado. Esta utilização está servindo para fazer o desvio de dinheiro público para campanhas eleitorais”, disse ele.
Caiado afirmou que não optaria pela OSs em um eventual governo seu, projeto majoritário pelo qual luta para se viabilizar dentro do seu grupo político.
Ele disse que é preciso garantir a estabilidade ao médico comparada as mesmas garantias que são dadas a juízes ou promotores que possa levar ortopedistas, cardiologistas pediatras, neurologistas e neurocirurgiões, entre outros, a deixarem as capitais e as grandes e médias cidades para atenderem em regiões distantes e menos desenvolvidas.
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 454/09, de sua autoria apresentada como então deputado, segundo o hoje senador, pode melhorar o atendimento da saúde pública nas cidades do interior ao criar a carreira de médico de Estado. “Com essa proposta, esses profissionais terão estabilidade no emprego e não ficará dependendo do humor do político que está no poder”, sustenta.
Eleição 2018
Animado pelos 44% das intenções dos votos do povo goiano revelado pela última pesquisa realizada pelo Instituto Paraná nos cenários estimulados, o democrata lidera, com folga, a corrida ao Palácio das Esmeraldas em 2018.
“Em um projeto majoritário os candidatos têm que se tornarem competitivo com a capacidade e musculatura eleitoral para chegar ao poder. Isso se dar em torno da construção de uma ampla aliança partidária”, disse o senador Caiado.
Aos jornalistas de Brasília ele explicou que o seu grupo político tem feito reuniões para a construção de um projeto majoritário vencedor. “Já deixei claro que temos que está com o PMDB, sem ele não chegaremos lá”, disse o senador.
Sem declinar os nomes para não sofrerem retaliações, Caiado revelou que o grupo conta com pelo menos nove partidos pequenos e médios e que no mês de agosto o grupo vai se reunir em Catalão, momento em que todos os partidos, conjuntamente, definirão quem deverá ser o candidato.
“Aquele que chegar dentro das melhores condições políticas, em junho do ano que vem, será apoiado por todos. Hoje tenho a humildade de dizer que estou bem avaliado pelo povo do Goiás, mas tenho que continuar trabalhando para viabilizar meu nome e ser o escolhido após as convenções partidárias que ocorrerão daqui a um ano”, disse
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