Na Amazônia, cerca de 209 km² foram desmatados até o dia 17 de fevereiro. Essa é a maior marca para o mês em toda a série histórica, iniciada em 2015. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O alerta produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²). O processo é feito pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).
O esquema funciona tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal.
O projeto Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro, e engloba a área total do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e parte do Maranhão.
O acumulado de alertas de desmatamento, em janeiro, foi de 167 km². O número representa uma queda de 61% em relação ao mesmo período de 2022.
O especialista em Conservação da ONG, Daniel Silva destaca que ainda é cedo para falar sobre uma reversão de tendência, já que parte da queda poderia estar relacionada com uma maior cobertura de nuvens.
Segundo ele, “a queda observada nos dados de desmatamento, em janeiro, deve ser interpretada com cautela, pois a cobertura de nuvem registrada nesse período é a maior dos últimos seis anos para o início do ano. A cobertura de nuvem pode aumentar o tempo de detecção pelo sistema DETER que usa imagens de satélites com sensores ópticos”.