O ASSUNTO É

Sebastião Costa Cabral: Uma lenda viva da Polícia Civil do Maranhão

Publicado em

No último dia 30, um dos ícones da Polícia Civil do Maranhão, Sebastião Costa Cabral, comemorou seus 78 anos de vida em São Luís, cidade que testemunhou sua trajetória exemplar como delegado.

Figura chave nas investigações de crimes contra a vida entre as décadas de 80 e 90, Cabral tornou-se renomado por sua habilidade em desvendar os homicídios mais misteriosos e intrincados com uma técnica que parte do crime para o criminoso.

O Método Cabral
No auge de sua carreira, Dr. Cabral destacou-se por uma abordagem meticulosa e quase científica na análise das cenas de crime.

Desde pegadas, marcas de rodas, cinzas de cigarro até textos escritos à mão e manchas de sangue, nada escapava de seu olhar analítico.

O uso de evidências físicas como resíduos de pólvora e digitais foi complementado por fotografias desenvolvidas, formando um conjunto de provas capazes de contar a história oculta por trás de cada crime.

Um Caso Emblemático
Um dos episódios mais marcantes de sua carreira foi o assassinato de José Alves Moraes, auditor do Banco Econômico, ocorrido em março de 1987.

Em uma calma manhã de domingo na Rua da Paz, centro de São Luís, Moraes foi brutalmente assassinado em um caso que parecia tirado de um suspense policial.

Três tiros, disparados, puseram fim à vida do auditor. Um nas costas, outro na nunca e o terceiro na cabeça um pouco acima da orelha esquerda.

A violência do impacto da bala calibre 38mm do revólver Rossi fez arrancar pequenos fragmentos de massas cefálicas.

Um filete de sangue saia através das perfurações produzidas nos pontos vitais do corpo, escorria pelo asfalto.

Essa era a cena legítima do crime encontrada por Sebastião Cabral, titular da Delegacia de Homicídios.

Com intuição apurada, o delegado concordou estar diante de um crime de pistolagem, prática ainda bastante  comum no Maranhão, descartando a possibilidade de um simples assalto.

Por meio de uma análise cuidadosa e profunda das investigações, o delegado conclui que por trás do assassinato do auditor, praticados por dois homens que fugiram em gol branco, havia indícios de crime passional.

Essa combinação de evidências técnicas e testemunhais foi típica das soluções encontradas por Cabral ao longo de sua carreira.

Ao completar 78 anos, Dr. Cabral celebra um marco pessoal.

Seus métodos e dedicação à justiça continuam a inspirar novas gerações de policiais e investigadores.

Essa contribuição singular para o campo da justiça criminal do Dr. Cabral   se tornou também  um dos temas do livro “Crimes do Poder”, uma obra ainda não publicada de minha autoria.

Com isso, a carreira de Cabral não termina com sua aposentadoria, mas vive através de seu legado de suas práticas exemplares na lei e na ordem.

Siga o perfil do Radar DF no Instagram
Receba notícias do Radar DF no seu  WhatsApp e fique por dentro de tudo! Entrar no grupo

Siga ainda o #RadarDF no Twitter

Receba as notícias de seu interese no WhatsApp.

Leia também

GDF lança regras para transporte gratuito de insumos rurais

A iniciativa promete reduzir despesas dos agricultores, ampliando a competitividade e apoiando programas como o Produzir, instituído pela lei nº 5.288/2013.

Mais Radar

Entenda a ampliação do Programa Minha Casa, Minha Vida

O Minha Casa, Minha Vida (MCMV) consolidou mais um passo para...

Prova nacional dos docentes (PND) tem edital previsto e adesões aumentam

Aguardado edital da Prova Nacional dos Docentes (PND), o CNU dos Professores, promete unificar o ingresso na educação pública. Secretarias como SME SP e SEED AP já aderiram, com provas práticas e formação no processo seletivo.

Mega-Sena 2.850 acumula e prêmio sobe para R$ 31 milhões

Ninguém acerta Mega-Sena 2.850 e prêmio acumula em R$ 31 milhões. Próximo sorteio será na quinta (10). 25 apostas levam R$ 100 mil cada, e 2.712 ganham R$ 1,3 mil.

Governo quer contratar 3 milhões de unidades habitacionais até 2026

Com a nova linha do programa Minha Casa, Minha Vida, a...

AGU contesta decisão do TCU sobre sistema Sicobe no Supremo

A Receita Federal, via AGU, acionou o STF contra decisão do TCU que exige a volta do Sicobe, suspenso desde 2016. Alegam custo de R$ 1,8 bi/ano e aumento na arrecadação sem o sistema, de R$ 9,2 bi em 2016 para R$ 13,4 bi em 2024.

Últimas do Radar

Receba as notícias de seu interese no WhatsApp.