A que ponto chegou o Distrito Federal. Somente este ano mais de 200 empresas já quebraram por falta de incentivos, a Saúde está um caos e a Segurança Pública não funciona. Resultado: os bandidos dão as ordem. Para completar no último final de semana (sexta e sábado) foram registrados sete homicídios. Já nesta noite desta sexta-feira (11), foram registrados quatro assassinatos.
s números da criminalidade debatidos na última segunda-feira no auditório da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDL) revelam como governo Rollemberg mente e camuflam os números e como o cidadão brasiliense virou presa fácil para os bandidos que atacam em plena luz do dia sem ser incomodados.
A noite desta sexta-feira foi trágica. Em São Sebastião, um menor tombou com quatro tiros na via pública próximo a um supermercado da rua 02, Chácara 17. A vítima morreu no local, Em Samambaia um homem matou a companheira a facadas na QR 413, conjunto 11. Em Sobradinho um cidadão foi assassinado com pelo menos 6 disparos de arma de fogo em frente ao depósito de gás da quadra 01. Em Brazlândia – rapaz de 18 anos foi morto a tiros em frente a um bar. Foi socorrido mas faleceu a caminho do hospital.
A Secretaria de Segurança do DF divulgou balanço parcial da criminalidade no DF com o número bem menor do que a realidade, segundo o Sindicato dos Policias Civis do Distrito Federal. O Sinpol acusa a secretaria Macia Alencar de camuflar as estatísticas do crime no DF para favorecer o discurso da normalidade na área de segurança. Para o sindicato, estes dados estão incompletos e não retratam a realidade vivida pelos brasilienses.
Os números não enganam
De janeiro a outubro deste ano foram assassinadas cerca de 487 pessoas o que significa dizer que morrem no DF mais de três pessoas a cada três dias. Se em 2015 foram registrados de janeiro a outubro 155 tentativa de latrocínio esse número saltou neste mesmo período para 215 casos este ano com um aumento de 38%.
Até agora foram registrados 575 crimes de estupros neste ano com um aumento de 13% em relação ao ano passado. Cerca de 4.679 veículos foram tomados de seus motoristas por bandidos este ano somados aos 5.924 que foram furtados de onde foram estacionados pelos seus proprietários. Enquanto isso as prisões em flagrante diminuíram. Dos 487 homicídios, ocorridos até agora apenas 28 criminosos foram presos em flagrante.
Sinpol com os empresários
Na manhã desta quinta-feira (10), o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal reuniu sociedade, empresários e imprensa, em evento na Associação Comercial do DF (ACDF), para mostrar dados que revelam a preocupante situação da segurança pública na capital.
Os dados foram coletados de órgãos como Secretaria de Segurança Pública do DF, Fórum Brasileiro de Justiça, Ministério da Justiça, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e de outras fontes oficiais sobre o assunto.
Durante o evento, o sindicato também questionou a postura da secretária da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar, ao criticar a realização da ação para divulgar o panorama.
“Não entendemos o motivo em querer esconder esses dados. É por meio deles que o governo tem a capacidade de pensar as políticas de segurança. Não adianta dizer que a criminalidade diminuiu se não é o que o brasiliense sente nas ruas ou mesmo dentro de casa. O governo precisa, de forma urgente, investir mais em segurança pública e valorizar os profissionais que nela atuam”, disse Rodrigo Franco, presidente do Sinpol-DF.
O crime aumenta em razão da falta de políticas de segurança pública e em razão da falta de investimento. “Infelizmente essa situação tem levado a sociedade brasiliense a tornar-se refém da criminalidade”, denunciou o sindicalista.
Empresários preocupados
Para o presidente da Associação Comercial do Distrito Federal, Cléber Pires, a situação é preocupante.
“Estamos refém da criminalidade cada vez mais crescente por falta de pulso do Estado que progressivamente vem deteriorando o Sistema de Segurança Pública. Dar segurança a população deixou de ser uma prioridade deste governo da mesma forma que ignora Saúde, a Educação, a Mobilidade e a Habitação. Lamentavelmente estamos vivendo uma paralisia total do Estado por falta de competência”, disse Cléber Pires.
O dirigente do empresariado brasiliense disse ainda que o setor tem sido muito prejudicado e penalizada pela falta de segurança. O roubo no comercio tem sido muito acentuado e tende aumentar ainda mais neste final de ano com o “saidão natalino” o que levará o cidadão a ligar o sinal de alerta. “Na capital da Republica o crime impera literalmente em todos os setores. A sociedade só se livrar disso se aprender votar melhor”, disse o presidente da ACDF.
